domingo, 26 de agosto de 2018

Os Políticos do meu País



       
Se estas criaturas - (palavra muito do vocabulário da minha Avó materna) – não nos prejudicassem seriamente, eu ria à gargalhada todos as vezes que os ouço na televisão. São supercómicos!

(Atenção: tenho muito respeitinho por aqueles que são cómicos inatos e fazem disso profissão. Sabe-se lá quantas vezes não estão a fazer rir os outros e a chorar por dentro?!...)

Atão não é que, desde que entrámos em democracia, somos governados ao rico sabor das ideias de cada um que toma a rédea do governo? Isto, para explicar, que eles não têm feito o que é necessário para o País, mas sim de como eles - em ficção - gostavam de ver o País.
A única coisa bem pensada e posta em execução foi o Serviço Nacional de Saúde cujo “pai” foi António Arnaut que por sinal era advogado e não médico ou economista, e que como “Ministro do II Governo Constitucional, formado por coligação entre o PS e o CDS de Diogo Freitas do Amaral, coube-lhe a pasta dos Assuntos Sociais, tendo nessa qualidade lançado o Serviço Nacional de Saúde”.
Depois disso foi só fazer vénias aos lobbies, construir auto-estradas – muitas delas desnecessárias – entrar na CEE/UE - para nossa desgraça – criar, além da época de caça a estes e àqueles bichinhos, a época de fogos.
Para quê uma época de fogos? pergunto eu e muita gente. Será que havia algum pensamento oculto da tal obediência aos lobbies? Será que por de trás disto estão grandes interesses? E os parvos dos portugueses a contribuírem para as reconstruções das casas ardidas devido aos fogos. Alto lá! não confundir a bondade e prontidão dos que menos têm para com os que ficaram sem nada! Nada disso! É que, por exemplo, dos quatro milhões de euros, propalados em 2017 pela TV e jornais como sendo o montante alcançado pelos donativos, ninguém ainda soube por onde é que eles andam. E quem ficou sem tecto, sem tecto continua. Tantos abracinhos, beijinhos e selfies proporcionados aos mais desfavorecidos pelos altos dignitários do Governo! Para quê? Muito se especulou sobre a origem de tais fogos. Mas… e este ano – 2018 – no fogo de Monchique? Tanta barbaridade praticada, a coberto da lei, para tirar as pessoas de suas casas, só com o objectivo de divulgar em larga escala que “pelo menos, não houve mortes!”. Mas o portuguesinho desta vez já não contribuiu, ou, pelo menos, da mesma maneira, para quem ficou sem as suas casas. E agora?! Como vai ser?! Quem ateou estes fogos numa serra inteira? E porque tinha o Governo e a Protecção Civil (mais uma invenção para dar poleiro a uns quantos) reforçado, e de que maneira!, a prevenção de um fogo naquela serra este ano? O último grande, ali, tinha sido em 2003!...
O que a mim me faz pensar, e muito, é como os bombeiros não conseguem chegar a certas zonas, por que inacessíveis, e como há quem lá chegue para atear o fogo? Já tenho muitos cabelos brancos, já passei por muitos Verões neste País com as mesmas temperaturas, e nunca nada disto tinha visto! E sou da mesma opinião de um trabalhador/morador das serranias de que não é o calor que ateia os fogos. Aliás, pelo que estudei na história e na física há muita maneira de atear fogo. Mas nessa altura era uma explicação inclusa no estudo que tínhamos de fazer; nunca nos foi dito ou ensinado para que praticássemos o mal na base destes conhecimentos, antes pelo contrário, era para o evitarmos. Mas agora com as novas tecnologias e com os meios aéreos ao dispor de muitos endinheirados, as coisas mudaram de figura: e aqueles carreirinhos, em linha recta, com uma chama que denuncia combustível incorporado, e que se podem ver pelas imagens aéreas ou de teleobjectivas, só enganam quem se quer deixar enganar. Se os bombeiros não conseguem chegar ao fogo, quem conseguiu lá chegar para fazer aqueles risquinhos de chamas tão certinhos? Quem?
Já começámos a saber das aldrabices consentidas na reconstrução de casas que já não eram casas habitadas, por que em ruínas, na altura dos fogos, e que quem ficou sem as que habitava ainda está à espera do seu dia de sorte. Pode ser que daqui a algum tempo saibamos o que deve vir a lume e que muitos agora querem encobrir.

Mas os fogos têm prejudicado muito, muita coisa, até o turismo interno e externo, porque a tal dita “época de fogos” coincide com o período de Verão e… pensem bem o que pode fazer o anúncio da meteorologia sobre os dias mais quentes e em que zonas vai haver mais probabilidades de fogos?!
Mas sendo o Verão uma época em que se pensa haverá melhor tempo para se passear, para, por exemplo, ir conhecer o Portugal desconhecido dos próprios portugueses, e que tantas maravilhas encerra que nem os nossos governantes conhecem, quem se atreve a mexer-se do seu cantinho com medo de ser apanhado por uma destas catástrofes? Não nos bastava já   aquilo com que a natureza nos “brinda” devido às alterações climáticas provocados pelo PRÓPRIO HOMEM?
Assim, senhores governantes, o interior nunca mais se desenvolve! É isso que os senhores pretendem?
Até parece que sim!

2018 – Primeiro Ministro: António Costa; Presidente da República: Marcelo Rebelo de Sousa, já com o cognome de “O dos Afectos”
Ano para assinalar. Mas já começou antes, pelas notícias que nos chegam, e que nós – os que arriscamos “a andar por aí”- vamos constatando. Ora vejam:
- barcos da travessia do Tejo munidos com alta tecnologia, volta-e-meia encalham;
- comboios a cair de podres e respectivas linhas sem manutenção;
- muitas linhas de combóio foram desactivadas e agora António Costa anuncia que está a ser construída a linha que vai de Sines para Badajoz; e as outras? para servir os portugueses? É que esta é só para a indústria do petróleo da refinaria de Sines…
- O Serviço Nacional de Saúde… foi-se;
- Médicos, não há, e os que ainda teimam em se formar em medicina, em vez de fazerem concursos de entrada nos hospitais, estão inscritos nas agências inculcadoras como qualquer pessoa que deseja trabalho indiferenciado;
- Enfermeiros… viste-los! Nós gastamos dinheiro (dos impostos de todos nós) para eles tirarem os cursos e depois desaparecem, especialmente para o Reino Unido, onde os acolhem de braços abertos e lhes pagam razoavelmente, mas sem terem despendido um chavo na sua formação;
- Professores… sujeitos a viver a mulher em Bragança e o marido colocado em Faro, e mal pagos, e sem horários completos nem carreira; (grande contributo para o desfazer de famílias e de filhos que às tantas já não sabem qual é o parentesco com outros filhos de novos casamentos dos pais)
- Reformas: deixa-me rir! Desde que Manuela Ferreira Leite foi Ministra das Finanças no Governo de Cavaco Silva, que “roubou” 10% às reformas, logo à cabeça da atribuição das mesmas, e nunca mais ninguém os repôs. Não tarda nada que reformas de Técnicos Superiores sejam inferiores ao Salário Mínimo Nacional.
Que educação e exemplo de respeitabilidade pelos mais velhos que lhes deram o ser e que os criaram para eles serem o que hoje são, se dá aos mais novos que já são alguns dos “boys” metidos no Governo?
- Habitação: estamos a assistir ao que nunca nos passou pela cabeça pudesse vir a acontecer: novo “boom” no disparar das rendas das casas para alugar. E mais grave: havia uma Lei que impedia que pessoas com mais de 65 anos (salvo erro) fossem desalojadas. A pouca vergonha chega ao ponto de ontem ter passado na TV o caso de um casal de muita idade – oitenta e muito anos - a viver numa casa já de si degradada e que aquele novo senhorio de há um ano e meio lhes ter mandado tirar o telhado da casa-de-banho e da cozinha e ter aumentado a renda, mesmo assim, para cento e oito euros, salvo erro. Nunca pensei que depois do 25 de Abril tal se pudesse passar e mais, que ainda continuassem a existir bairros de lata onde se vive lado-a-lado com ratos e quejandos. Quanto aos bairros tradicionais de Lisboa que têm vindo a ser esvaziados dos “típicos habitantes” para alugar as casas como hostels, serão os novos inquilinos que vão fazer as Marchas de Santo António nos próximos anos? Tinha graça!!
- E como não estou a ver outro item que prejudique a colectividade – mas há-os de certeza – faço a pergunta: depois da carga e maus tractos que o PAN agora descobriu que são infligidos aos muares que transportam turistas em charretes – já não conto com a data de disparates que já se lhe tem ouvido – que Lei vai promulgar o Governo sobre o assunto? Será que os trabalhadores rurais e os cavaleiros de alta equitação, por exemplo, já não podem usar os seus muares?
- “E as crianças, Senhor, porque lhes dais tanta dor, porque sofrem assim?” e pouco ou nada é legislado sobre elas? Só se vê a má interpretação da Lei e o retirar de filhos aos pais sem razão que o justifique. E o resto? E os abusos sexuais? E os pais sem trabalho para lhes poderem dar de comer? É que “em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão”. E o dormirem na rua ou “pocilgas” com ratos a roerem-lhes as orelhas? Isto é século XXI?

Mas terminemos em grande:
Sabe-se que a CP anda a retirar comboios dos seus horários normais prejudicando trabalhadores e outras pessoas que não têm outro meio de transporte porque, diz: as linhas e as carruagens não oferecem segurança.
Mas já houve segurança para o PS fretar um combóio para levar os seus apaniguados para A Festa de Verão em Caminha? E segundo parece à custa da supressão de outros comboios para o gentio?
Grande PS!!
E depois querem conquistar-nos para os votos? Eu sei porque arriscam: o povoléu já não sabe em quem votar. De PS para a direita a diferença é mínima. Mas espero bem que não tenham maioria e que se tenham que aconchegar de novo à “Geringonça”. Ao menos assim sempre ficam mais contidos e menos sujeitos à tentação dos desejos dos lobbies e da direita.
Mas, Sr. Primeiro Ministro, já vamos conhecendo os seus “risinhos” e sabemos que é um bom saltador de obstáculos. Cuidado! Não caia de vez!
E já agora diga ao seu Ministro das Finanças que para concertar o défice externo não arruíne o País por completo.
Não se esqueçam de que há muitos reformados, que foram gente neste País, e que agora se vêem a braços a ter que sustentar filhos formados e com filhos por não terem emprego e os que vão tendo emprego são por prazo de alguns meses, daí que os pais se tenham que encolher para as alturas em que eles não têm trabalho. Mas os mesmos reformados que pensavam estar ao pé dos netos também têm alguns a milhas de distância devido à globalização que só fez mal e nenhum bem, pois as famílias estão divididas e estas crianças ficam sem a noção da instituição” família” e juntam-se aos que atrás mencionei com os pais um no Norte outro no Sul.
E tudo se resume à vossa pavonice de ir atrás destas modas que vão acabar em breve quando a Alemanha disser: BASTA!
E nessa altura os seguidores, como Portugal, não vão estar preparados, ao contrário deles que, com o cinismo que lhes é característico, estão mais que preparados para a hecatombe. Não foi com Napoleão, não foi com Hitler, será com Merkel?
Porquê a posição do Reino Unido? Pensam que vão voltar atrás? Enganem-
-se!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

25 de Abril SEMPRE!


Há 39 anos esta data caiu também numa quinta-feira!
Há 39 anos a vida neste País também era muito difícil!
Presentemente estamos à beira do precipício para uma nova ditadura!
Mais: há 39 anos éramos um País soberano; hoje, já não somos soberanos.
Precisamos de outro 25 de Abril! Ou de um D. João IV ou de um Nuno Álvares Pereira. Não para lutar contra os Castelhanos mas para nos impormos à Alemanha, porque a União Europeia... já era!
Quando os governantes, à guisa de se trabalhar mais, optam por subtrair os feriados mais emblemáticos do País, vê-se a "má raça" destes portugueses. Não me digam que não foi intencional deixar de ser feriado no dia 1 de Dezembro em que se comemora a Independência de Portugal face ao jugo de 60 anos sob o domínio dos Espanhóis; e o 5 de Outubro em que se comemora a proclamação da República, regime sob o qual vivemos.
Resta é saber se não foram estes os feriados "impostos" pela Alemanha para nos rebaixar, para nos achincalhar! Então aí... o caso é muito mais sério. Não tardará muito para se saber qual das situações é a verdadeira!
Enquanto nos outros países se estuda História do País, se ensina às crianças o Hino Nacional, se inculca um espírito de patriotismo, se ensina Organização Política do País, em Portugal tudo isso foi posto de parte há 39 anos. Mas não digam que foram os partidos de esquerda que fomentaram isso: olhe-se para trás e veja-se de que faixa política foram os Presidentes desde lá até agora, ou mesmo os partidos que nos governaram em alternância.
Aparentemente vivemos em democracia, mas uma "democracia à portuguesa", em que os vírus do passado continuam activos: é preferível gente inculta do que gente que saiba pensar e que tenha bagagem intelectual vasta para se poder "reinar" sem problemas.
Tudo isto tem que mudar e depressa.
Convido todos os que sabem ler e escrever a ler muito e a ler de tudo. Convido todos a serem auto-didatas e a cultivarem-se, a serem curiosos e a pôr os neurónios a funcionar.
Aprendam a ser gente válida que sabe o que quer e gostem de ajudar os outros a ser gente também!
Somos todos iguais embora todos diferentes nos seus gostos, nas suas tendências, nas suas capacidades. Mas repito: SOMOS TODOS IGUAIS!

E VIVA O 25 DE ABRIL, SEMPRE!


Rosa dos Ventos


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O PAPA

Dia 11 de Fevereiro de 2013

O Papa Bento XVI anunciou hoje a sua resignação à frente do papado ao fim de 8 anos de regência. Causa: a sua debilidade física.
Um cardeal disse, num outro canal, que ele goza de uma belíssima saúde mas a sua debilidade física leva-o a não se sentir com forças para desempenhar cabalmente as funções que são cometidas a um papa.
Realmente toda a sua aparência física é de quem não se consegue manter de pé e mal pode andar. Ao que parece a sua mente está óptima, pelo que é sua intenção dedicar-se à escrita, à leitura e à oração.
Há quem diga que não há coincidências, “mas que las hai, las hai”.
Este Papa é alemão, pertenceu à juventude hitleriana, a Europa está numa bagunça e a culpa desta situação em muito se deve à Alemanha. Merkel perfila-se como um “Hitler” com o intuito de subjugar toda a Europa à sua batuta. De certa forma revemos no que se está a passar, embora com roupagem diferente, aquilo que se passou no prenúncio da II Guerra Mundial.
Para o Papa, de origem alemã, sendo sincero nos seus sentimentos, esta ambiência política deve preocupá-lo e tocá-lo bastante.
E não só: os problemas no seio da Igreja devido aos crimes praticados por representantes da mesma, as guerras sem qualificação por todo o mundo, a situação infra-humana de milhões de pessoas, etc., devem representar toneladas de peso sobre os seus ombros fazendo-o sentir de tal maneira impotente e incapaz de ser ouvido pelos responsáveis que optou por desistir de lutar.
E tal como alguns políticos que elaboraram leis à medida das suas pretensões o Papa, o Homem representante dO Mais Poderoso, igualou-os, legislou, e… quebrou, agachou, desistiu, virou as costas.
E assim desampara um número sem fim de pessoas que dele esperavam uma intervenção para a resolução dos seus dolorosos problemas e hipocritamente aceitam a sua demissão na altura mais crítica da vida da humanidade.
Na II Grande Guerra Mundial do século XX os alemães capitularam muito pela actuação, determinação e combatividade daqueles que o Papa João Paulo II, antecessor de Bento XVI, tanto combateu até obter a dissolução da União Soviética, e agora este Papa capitula igualmente face aos problemas levantados pelo trabalho levado a cabo por João Paulo II.
Se isto ao menos fosse um sinal de que o “sangue alemão” está condenado a capitular sem conseguir os seus intentos, para mim, pelo menos, seria um sinal de esperança, daquela que se deduz do sentido do provérbio que diz: “depois da tempestade vem a bonança”.



Rosa dos Ventos

terça-feira, 1 de janeiro de 2013


ANO NOVO

Ano novo vida nova – será que se realiza desta vez?

1 de Janeiro de 2013 chegou!
Que nos trará?
Que futuro nos reserva?
Boa coisa ninguém nos augura!
Nunca me lembro de não desejar a Passagem do Ano…
Mesmo que celebrada em casa, sempre foi um momento de alegria.
Hoje, é uma angústia que nos consome e que nos tira a vontade de olhar para o relógio. 
Se ao menos este se lembrasse de parar!…
Conseguiremos ultrapassar o barranco e resistir?
Que mal fizemos para que estes “Cowboys” que até chegar ao poder nada de jeito fizeram na vida, se venham vingar em nós?
Eles estão, realmente, ao serviço da Finança que nunca vergou os lombos para colher um grão de trigo e só sabe sugar o sangue dos que verdadeiramente trabalham e trabalharam.
São as sanguessugas da sociedade!
Eles têm medo, têm, mas não têm vergonha!
Os imbecis são fáceis de manipular quando têm sede de dinheiro e de poder.
Vendem-se a qualquer preço!
Mas hão-de ter a paga de tudo o que estão a tramar.
Lá diz o ditado: “Não faças aos outros aquilo que não queres que te façam a ti”.
Ou até o outro: “Quem com ferros mata com ferros morre”.
Esperemos que se cumpram, e que as pessoas mais aflitas consigam ter a ajuda necessária para sobreviver ao que aí vem.
“Um por todos e todos por um” é o lema que devemos adoptar para os derrotar!
Vamos a isso?
Coragem e Boas Festas!

Um Bom Ano


Rosa dos Ventos

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012


A TV

Para que serve a TV?
Para dar noticiários horrorosos, às horas das refeições, que deviam ter a “bolinha ao canto”?
Para dar desenhos animados para as crianças que mais não são do que filmes de terror?  
Para mostrar os “ladrões” que andam a “vender” o nosso País e a tornar a vida dos seus cidadãos cada vez mais difícil?
Para levar os dias inteiros em programas de opinião com alguns “figurantes” que ali vão ganhar bons “cachets” só para criticar e dizer mal e não dar soluções para a crise por que estamos a passar sem para ela termos contribuído? Muitos deles que já fizeram parte dos governos que nos conduziram a este desastre?
Passam os dias inteiros a repisar no que já está bem repisado, repetem-se as mesmas notícias vezes sem conta ao longo do dia e a conclusão a que se chega é que querem fazer de todos nós tolos e parvos e responsáveis por aquilo de que eles é que são os responsáveis?
Está a olhar-se para o écran da TV como se fosse um palco onde estão os bem-falantes, vestidos com fatos de alfaiate, a dizer que as coisas se vão tornar cada vez mais difíceis para o povo, mas… eles, pelos vistos, não fazem parte do povo – ou fazem? Não, não fazem, o dinheirinho deles está muito bem guardado, em paraísos fiscais, e para nós reservam-nos o desemprego, a fome, o viver dentro da caixas de cartão, o não termos direito à saúde, à educação, ao ganha-pão, e vejam bem, nem à morte. Vamos passar a morrer nas ruas e a ser enterrados em valas comuns, incógnitos, sem que o resto da família saiba onde estamos, se antes disso não tivermos a coragem de matar a família toda e dar, no fim, um tiro na nossa própria cabeça.
O assunto é tão sério e tão secreto que não sabemos sequer se há estatísticas muito bem escondidas dos suicídios e homicídios causados pela crise. Há, de certeza, mas só ainda falaram de um caso de uma senhora em Espanha que se atirou de uma janela de um quarto andar para não passar pelo desgosto de ser “arrancada” da sua casa, que comprou e estava a pagar na “ilusão” de que o seu emprego era seguro.
E onde estão os culpados/ladrões/assassinos que provocaram esta crise? Onde estão?
Envergando “máscaras” de pessoas de bem, falando e acusando como se nada fosse com eles, “anichando-se” em lugares que lhe garantem “alguma” imunidade. Até quando? Já vi a cena do desmascaramento mais longe do que vejo hoje. Contudo, tenho a certeza que nessa altura vai pagar o justo pelo pecador. Porque os verdadeiros culpados, quando embrulharem aqueles a quem eles chamam o povo, também já embrulharam os seus teres- e-haveres que nos roubaram e já se encontram nos antípodas.


Rosa dos Ventos

quinta-feira, 29 de novembro de 2012


Para RIR ou para chorar?!

O número de “falhos” de cultura e memória são mais do que se pensa.
Morreram já muitos dos que se podiam lembrar do que se passou entre 1939 e 1945, cuja preparação começou alguns anos antes.
E os de agora, a quem a História desses tempos não tenha sido contada, por já não terem estudado História Mundial nem terem lido obras sob o que se passou na primeira metade do séc. XX, não farão a mais pequena ideia do que pode para aí rebentar em breve.
Leiam, se fazem favor, os livros “O Eterno Retorno do Fascismo” de Rob Riemen e “A Batalha de Aljezur” de José Augusto Rodrigues.
Depois, reparem nas semelhanças entre o que lá está descrito como preparação para a guerra e o que se está a passar, de novo, na Europa.
A mentira  e o não cumprimento dos acordos entre os diferentes Países são as características-base dos objectivos que se pretenderam atingir com a Segunda Grande Guerra Mundial.
A mentira,  o não cumprimento dos acordos entre os diferentes Países e ainda a Srª. Merkel a substituir-se à Comissão Europeia, no momento presente, fazem-nos suspeitar dos intentos perversos da actual Chanceler alemã.
Meditem nas ultrapassagens às Constituições dos Países Europeus pelos seus governantes, sem consulta prévia aos POVOS, para dizerem “Amen!” à Alemanha.
Mas a Constituição da Alemanha é SAGRADA: o que os outros Países pretenderem fazer não pode ir contra a Constituição da Alemanha. Coisa esquisita, não acham? Cheira a esturro, não cheira? O cheiro é tão intenso que pouco falta para estar tudo queimado!....
Parece a Telenovela do “Sim Senhor Ministro”.
Meditem na “queda”, como um baralho de cartas, por dívidas astronómicas, dos Países europeus, a serem pagas pela massa mais pobre das respectivas populações, deixando os ricos e causadores das mesmas imunes às suas reposições!
Recordem como a Alemanha contornou o não pagamento das dívidas de guerra e exige agora, dos outros, a quem ficou a dever, o pagamento dos déficit’s e dos juros, ignorando sempre a existência da Comissão Europeia!
Estamos numa União Europeia ou numa subalternização sub-reptícia à Alemanha, coisa que ela não conseguiu obter com duas guerras mundiais no séc. XX ?!!!
Trabalho dos governantes: pensar em números.
Quem os elegeu, as pessoas, o povo, são-lhes indiferentes.
Não se esqueçam de continuar à espera de que tudo mude sem nada fazermos para isso!...
Entretanto, continuará a haver, cada vez mais, barrigas vazias.
Não é para RIR?
Nasci no fim da Segunda Guerra Mundial, mas ouvi muitas histórias (não estórias) àcerca dela.
Mas da guerra que nos impuseram nas nossas Colónias Ultramarinas (os nomes não precisam ser mascarados) que nos deixou reduzidos ao rectângulo que hoje somos, já me lembro muito bem.
Engraçado! A guerra do Ultramar também foi feita para defender o Capital!...[Que palavra maldita! Quando será banida do dicionário e da prática?!]
Não houve família portuguesa que fosse poupada à dor e ao stress de ter filhos e familiares na guerra do Ultramar.
Agora, estamos na mesma situação: não há família alguma que não tenha filhos e familiares no desemprego, a precisar da ajuda material/monetária dos pais, dos parentes e dos amigos (os verdadeiros, claro, sempre prontos para os bons e maus momentos!)
Mas estamos a ser governados por alguns “retornados”!
Espero que o que penso - um certo espírito de vingança – demonstrado pela “sua teimosia” em não quererem mudar o “paradigma” face à União Europeia/Merkel, não seja uma realidade…
Quando teremos direito à igualdade e à equidade?!
Quando teremos direito à Verdadeira DEMOCRACIA?!!!
Porquê tanto medo da Verdadeira DEMOCRACIA?!!!
Será que para a existência de um povo, terá sempre que existir clero, nobreza e povo?
Não nascemos todos da mesma maneira, sem o termos pedido, e não morremos todos sem levar o dinheiro atrás de nós para a cova?
Acusam-nos de falta de literacia. Mas onde está a cultura dos outros povos europeus que estão a cair na mesma esparrela?! É tão grande a falta de memória do que passaram durante a II Grande Guerra Mundial, no séc. XX?
Enfim, a preocupação com o capital é tal, que se descura o dia-a-dia do comum dos mortais: só se fala em privatizações, e… depois?
Depois….começa o rol dos infortúnios para os mais desfavorecidos e para a classe média:
- os impostos aumentam;
- as receitas do Estado diminuem;
- os preços sobem;
- as empresas fecham;
- os desempregados aumentam;
- as pessoas ficam sem casa;
- já há muita gente com fome;
- o trabalho rareia;
- a saúde deteriora-se;
- quem quiser cuidar da sua saúde para não morrer, tem que pagar, e            
   bem! para o conseguir- (ultrapassagem da Constituição);
- quem tiver mais de 70 anos já não tem direito a coisa nenhuma,
   conforme foi entendido por todos os que ouviram estas afirmações na
   TV, de antigos governantes, embora o tivessem querido retirar a
   seguir. É que os ouvintes, os telespectadores, já estão todos um pouco  
   surdos… e fazem confusões terríveis!….-(ultrapassagem da  
   Constituição);
- os idosos, nos lares, passam os dias à espera da morte lenta;
- o crime sobe;
- o ensino é deficiente e tem que ser pago -(ultrapassagem da
   Constituição);
- é o salve-se quem puder;
- o património imóvel deteriora-se por falta de conhecimento para o
   cuidar e por falta de dinheiro para o conservar;
- os bens de cada um são “coisas velhas” de que não vale a pena                             cuidar, por parte das empresas privadas que fazem obras públicas através  de subempreitadas, com o completo alheamento das Câmaras, sem conhecimento do terreno que “pisam” nem o acompanhamento de técnicos especializados que as orientem;
- mas se o dono de um imóvel classificado o quiser beneficiar para não
   cair, a Câmara não lhe permite que mexa no que é seu;
- o direito de passagem de cabos para a TV, o gás natural e a luz
   subterrânea é pago pelos consumidores em vez de ser pago pelas
   empresas que auferem lucros chorudos com esses fornecimentos – mais
   uma vez o capital a ser protegido em detrimento do povo consumidor de
   bens de primeira necessidade;
- trabalha-se a contrato de dois meses, ou menos, sem direito a
   descanso/férias;
- os contractos com os trabalhadores alteram-se unilateralmente, - o que é anti-constitucional - mas não se pode mexer nos contractos de milhões, ao ano;
- se o trabalhador não tiver férias e nunca souber o horário de saída,
   como poderá manter a sua sanidade mental e dar assistência à
   família?
- Portugal é um País de velhos, mas como podem ser “encomendadas”
   crianças para inverter a situação se não houver condições humanas e
   racionais para isso?
- só a meia dúzia dos muitos ricos tem direitos neste País?

Onde nos levará tudo isto?
Por enquanto as manifestações são pacíficas, dizem eles, e quando será que “o elástico parte” de tanto esticar?
Cautela, senhores que “não estão habituados a trabalhar”. Para se poder mandar e exigir sacrifícios, tem que se saber fazer, tem que se ter estado inserido no mundo do trabalho, para o conhecer.
E exigir sacrifícios a quem nada tem a ver com as dívidas contraídas pelos sabotadores da economia e da finança, é muito arriscado.
Não falo só do nosso País, não!
Nos outros repetem-se as mesmas situações. E todos juntos são demais para os que nos querem pisar.
Pode morrer muita gente, mas creiam que as ditaduras - mesmo as dissimuladas - também se derrubam.
E as guerras injustas são as que se perdem mais depressa…
E não se esqueçam de RIR de tudo isto, tá?
Até à próxima!


Rosa dos Ventos

quinta-feira, 12 de julho de 2012


Dia Memorável !!

A GREVE DOS MÉDICOS

Hoje, dia 11 de Julho de 2012, esta data vai ficar memorável por uma má causa: A CRISE.

CRISE que ninguém sabe donde veio (porque o não querem dizer) mas está a ver-se para onde vai, pela miséria que está a causar a nível Europeu. Podemos dizer que se trata da III Grande Guerra Mundial: por enquanto… sem canhões nem espingardas, embora as polícias de choque tenham “o prazer” de mostrar para que foram treinadas. (Depois não se admirem de não terem apoio da população quando querem apresentar as suas reivindicações, por seu lado, também, legítimas).

Falo aqui na polícia, pois ao ouvir, há pouco, as notícias, a jornalista da RTP Informação ao ligar à sua colega que se encontra em Espanha a acompanhar a greve dos Mineiros Espanhóis, a primeira pergunta que lhe fez, foi, mais ou menos esta: “com esse avançar da manifestação, já há muita polícia na rua?”

Esta jornalista, que deve ser das que auferem, mensalmente, milhares de euros, só para “palavrear”, deve ter igualmente um prazer sádico em que os que se manifestam por necessidades e injustiças de que estão a ser alvo sejam “provocados” e “batidos” pela polícia.

Mas ao contrário do que ela esperava ouvir da sua colega, em serviço, em Espanha, a resposta foi: “não, quase não se vê polícia nas ruas”.

Bem feito! Ela julga que tudo lá fora se passa como em Portugal em que todos são logo tratados à “paulada”!

(Infelizmente ao fim do dia soube-se que a polícia ainda fez “estragos”, ao que pareceu por causa de alguns infiltrados provocadores a mando de alguém a quem isso interessava. É sempre assim!)

Ela devia passar uns diazinhos a trabalhar numa mina, obrigada, para dar valor ao sofrimento daquela gente! A mim, só a ideia das profundezas – e sem contar com o resto das condições – já me provoca calafrios.

Mas este dia em Portugal – e o de amanhã também – vão ficar marcados pela greve geral dos médicos do SNS (Serviço Nacional de Saúde).

A ultrapassagem da Constituição tem sido apanágio e prática deste governo de direita “comandado” por Passos Coelho, uma vez que não conseguiram/não viram disposição dos outros partidos da Assembleia para uma aderência suficiente à sua alteração e então as coisas vão acontecendo em nome da CRISE e a Constituição vai sendo esvaziada lentamente.

Com a saída de tantos médicos, do SNS, para a reforma, já desde o tempo de Sócrates, Primeiro Ministro, altura em que continuou, com mais acutilância, a perseguição aos Funcionários Públicos, pensei, cá para mim, que os “novatos” e a contrato que estavam a entrar para os hospitais públicos, não tivessem “estrutura” ou coragem para se manifestar devido à sua condição precária.

Enganei-me redondamente! A realidade demonstra que ainda existem muitos médicos no SNS, do quadro, com a “bagagem e sapiência antigas” que sabem o que querem e para que tiraram o curso: foi para se dedicarem aos outros, aliviar-lhes o sofrimento, e não estarem sujeitos a esta “brincadeira” dos “meninos do capital” que o que lhes interessa é favorecer os poucos ricos e a banca, não tocar em quem roubou os povos, obedecer à Alemanha – pois Comissão Europeia e União Europeia, “já eram”.

Espero que consigam bater bem o pé no chão e dizer NÃO à situação que está a ser criada. O que se pode chamar à supressão de recursos médicos e medicamentosos a pessoas que não têm possibilidades de os pagar do seu bolso? Nem sequer aos transportes para os mesmos?

É, evidentemente, que, quanto mais pessoas de idade morrerem, menos pensões pagarão  ou, doutra maneira, mais pensões deixarão de ser pagas pelo governo.

Mas, à mistura, muitas crianças e jovens irão levar o mesmo caminho se não forem tratados atempadamente. E depois diz-se que o País está envelhecido?! Que contradições tão grandes!

A pedra de toque que originou a greve dos médicos, hoje, – parece-me – foi a contratação de enfermeiros e médicos a preços tão baixos que nem uma mulher-a-dias aufere numa casa particular. E, mais: a contratação deste pessoal através de empresas de prestação de serviços.

É claro, que as razões que determinaram a greve não foram só estas, são também de carácter técnico-profissional, de ética, e para que o SNS não seja extinto. Bem hajam!



Não sendo eu pessoa influente nos meios governamentais, posso apresentar aqui as minhas ideias – que os governantes aliás conhecem – mas que muitas pessoas que não passaram por certas situações desconhecem.

Diga-se, em abono da verdade, que em Portugal só sabemos o que se passa quando precisamos de resolver qualquer assunto a nível oficial, e só nos apercebemos dos “espertinhos” que proliferam pelo País fora, quando nos vêm aos bolsos buscar aquilo que não roubámos e para o que não fomos vistos nem achados.

O intuito de desfazer a Função Pública não é novo – logo, não é de agora. Sub-repticiamente tem-se vindo a desvincular e a desvirtuar os serviços públicos das suas funções de variadíssimas maneiras:

  • admitindo pessoal sem ser através de concurso público, optando em sua substituição      pelo perfil (físico, intelectual, não se sabe) com base numa entrevista, mais comumente designado “factor C” (a célebre “Cunha” que serve para tudo);
  • mobilidade de pessoal de uma secção para outra – o trabalho público implica conhecimentos e é executado com base na legislação que vai saindo, logo a mudança de uma secção para outra, prejudica em especial o público, porque não é de um dia para o outro que as pessoas se adaptam à legislação de outro sector;
  • contratando pessoal a recibo verde, a contractos das mais variadas espécies, através de POC’s e quejandos, etc.
  • colocando na “prateleira” técnicos especializadíssimos e conhecedores dos serviços a quem continuavam a pagar, mas não lhe davam trabalho, e contratando empresas privadas para realizar serviços delas desconhecidos, que ganhavam “balúrdios” e não faziam nada de jeito;
  • o Estado paga a essas firmas duas a três vezes mais do que paga a um funcionário do quadro, e o trabalhador que vai executar o trabalho ganha simplesmente um terço ou menos, daquilo que o Estado paga por ele;
  • generalizou-se, por imposição superior, a contratação do pessoal de limpeza em todos os serviços do Estado; (neste sector é preciso ter em conta que o Serviço Nacional de Emprego, para efeitos de subsídio de desemprego fazia – agora, se calhar já não – diferença entre uma funcionária de limpeza para um escritório e uma para o serviço doméstico – parece que não há-de fazer diferença, não é?, mas faz e realmente não é a mesma coisa)
  • o Serviço de Saúde não foi excepção no que respeita à contratação de pessoal de limpeza a essas empresas privadas de prestação de serviços;
  • as empresas estatais de serviços básicos para as populações começaram a contratar empreiteiros privados para a elaboração dos mesmos, e estes por sua vez concediam-  -nos em regime de subempreitadas;
  • as Câmaras desvincularam-se das suas responsabilidades directas e formaram empresas camarárias com as evidentes consequências;
  • a Caixa Geral de Depósitos deixou de ser o único banco a pagar os ordenados aos funcionários públicos e foi autorizada a sua transferência para os bancos com quem cada um trabalhava particularmente;
  • a CGD deixou de ser o único banco com quem os organismos do estado trabalhavam, e as consequências estão à vista;
  • e muitas, muitas mais coisas ruinosas para o estado foram sendo permitidas;
  • chegando-se ao ponto de Manuela Ferreira Leite, como Ministra das Finanças, do palanque da Assembleia da República, insultar os Funcionários Públicos. (Deve constar das Actas e gravações da Assembleia da República);
  • por último, temos o fomentar da “Guerra declarada” aos Funcionários Públicos em contraposição aos trabalhadores do sector privado, por parte do Ministro Sócrates e seus colaboradores, acolitados pelos jornalistas da TV, de qualquer canal, e seus convidados para mesas redondas, como se os Funcionários Públicos fossem uma espécie em via de extinção e os culpados de todos os males de que sofre o País – e se calhar a Europa!!!
  • mas podem crer que sem eles (FP) nada pode funcionar seja em que País for: eles são e serão os garantes de um País independente e soberano. Sem eles, seremos o quê? Empregados de um Belmiro de Azevedo, de um Santos da Jerónimo Martins, de um Amorim, de um Espírito Santo ou dos “falsos banqueiros “ que por aí proliferam e que mais não são do que Gerentes dos respectivos bancos? Todos eles com um factor comum: só olham para o seu umbigo e não querem saber do País para nada, a não ser para o chupar até ao tutano desde que os Políticos lho permitam.

Agora chegámos ao “desplante” de contratar a essas empresas de prestação de serviços, enfermeiros e médicos para trabalhar à hora. Vê-se bem, por aqui, a consideração que este governo tem pelas pessoas, pelo POVO, pelo País.

“Em tempos que já lá vão” as funcionárias de limpeza eram pessoal do quadro dos Hospitais, assim como todo o pessoal que trabalhava na Função Pública; daí que estivessem a tempo inteiro n os Hospitais, trabalhando por turnos. Lógico, não será? Quando passaram a contratadas às ditas empresas, têm horário diurno, saem às 17 ou 18 horas. Por outro lado não têm preparação para trabalhar em sítio tão delicado que requer tantos cuidados de higiene para o bem de todos, especialmente delas que deviam saber proteger-se para não contrair doenças nem as propagar por todo o hospital. Só um exemplo: já vi limpar uma mesa em que tinha sido feito um gesso, na urgência, com o mesmo pano que a empregada estava a limpar o chão. E também já vi a roupa suja de um doente que vomitou na cama e a quem tiveram que fazer a cama de lavado, ser deitada para debaixo da dita cama, para que, no dia seguinte, a empregada da limpeza, a levasse para onde devia. Estão a ver como se apanham doenças nos hospitais além daquelas com que se entra?!!!  Os antibióticos não atacam tudo…

Depois da limpeza vamos aos médicos: contratados à hora? E com que preparação? E a carreira hospitalar para os ensinar a trabalhar? As universidades dão-lhe a teoria e… alguma prática. Mas o dia-a-dia com orientação de quem já está batido na matéria é que os ensina.

O Primeiro Ministro, que é filho de um médico, não aprendeu isso com o “papá”?

Com a saúde não se brinca! Nem com a enfermagem! Nem com a educação! Nem se devia brincar com a engenharia: aliás os romanos eram bem severos para com os engenheiros que não construíssem bem as casas e provocassem, por isso, desastres pessoais, lembram-se?!!

Na classe política deve haver, já, muita gente que não estudou História: são muito novos para terem apanhado esses programas a sério!...

Mas não sei se a greve dos médicos de hoje, levada a cabo porque o vaso transbordou devido às contratações à hora, servirá para preservar o SNS e para resolver todos os problemas que se estão a constatar em desfavor de todos. Bem gostaria de ter esperança nisso!

Mas… o Primeiro Ministro definiu bem as suas intenções com a interpretação que fez da decisão do Tribunal Constitucional a respeito da inconstitucionalidade no que respeita à equidade do não pagamento dos subsídios de férias e de natal aos Funcionários Públicos ao contrário do que acontece com os trabalhadores do sector privado. As suas palavras foram mais ou menos estas: “para pagarmos esses subsídios temos que cortar noutro lado; e, então, iremos cortar na saúde e na educação.” Eu interpretei esta atitude como um acto de vingança. Mas ele quer vingar-se de quem ou de quê? Não é que eu não tenha pensado já, várias vezes, que este governo de direita, em tudo o que faz e diz deixa uma nuvem de suspeição de que se quere “vingar” de algo!... Bom, com o tempo ainda se há-de descobrir.

Com o ataque a tudo o que diz respeito às conquistas do POVO para sair da “Idade Média” em que esteve mergulhado até 24 Abril de 1974, menos àquilo que devia atacar e que deu origem à CRISE que hoje vivemos, sem para ela – nós, POVO – termos contribuído, não acredito que as coisas melhorem ou se modifiquem.

Estamos a ser comandados de fora, da Alemanha, tal como disse ao princípio, e só é cego quem não quer ver quais são as intenções da mulher que está à frente das tropas. E espero bem que o sangue que já correu no nosso País e noutros como, por exemplo, a Grécia e agora a Espanha, com as cargas da polícia, contra quem se manifesta porque já tem fome, não passe disto. É preciso ter os ouvidos bem abertos e saber interpretar as palavras proferidas por pessoas com responsabilidade para se perceber que o que está por detrás de tudo isto, não é tão inócuo assim!

Os políticos andam a mentir-nos todos os dias e a todas as horas e a brincar com os povos, como se eles não fossem também filhos do POVO: é vê-los a mudar para fatinho de corte de alfaiate (não de pronto-a-vestir) logo que chegam a certos lugares – à nossa custa, naturalmente!

Abramos bem os olhos e não aceitemos a divisão que eles estão a instaurar no nosso seio para melhor reinar, como diz o ditado: “dividir para reinar”.

Saibamos salvar-nos, porque deles nada podemos esperar para nosso bem!





Rosa dos Ventos