quinta-feira, 12 de julho de 2012


Dia Memorável !!

A GREVE DOS MÉDICOS

Hoje, dia 11 de Julho de 2012, esta data vai ficar memorável por uma má causa: A CRISE.

CRISE que ninguém sabe donde veio (porque o não querem dizer) mas está a ver-se para onde vai, pela miséria que está a causar a nível Europeu. Podemos dizer que se trata da III Grande Guerra Mundial: por enquanto… sem canhões nem espingardas, embora as polícias de choque tenham “o prazer” de mostrar para que foram treinadas. (Depois não se admirem de não terem apoio da população quando querem apresentar as suas reivindicações, por seu lado, também, legítimas).

Falo aqui na polícia, pois ao ouvir, há pouco, as notícias, a jornalista da RTP Informação ao ligar à sua colega que se encontra em Espanha a acompanhar a greve dos Mineiros Espanhóis, a primeira pergunta que lhe fez, foi, mais ou menos esta: “com esse avançar da manifestação, já há muita polícia na rua?”

Esta jornalista, que deve ser das que auferem, mensalmente, milhares de euros, só para “palavrear”, deve ter igualmente um prazer sádico em que os que se manifestam por necessidades e injustiças de que estão a ser alvo sejam “provocados” e “batidos” pela polícia.

Mas ao contrário do que ela esperava ouvir da sua colega, em serviço, em Espanha, a resposta foi: “não, quase não se vê polícia nas ruas”.

Bem feito! Ela julga que tudo lá fora se passa como em Portugal em que todos são logo tratados à “paulada”!

(Infelizmente ao fim do dia soube-se que a polícia ainda fez “estragos”, ao que pareceu por causa de alguns infiltrados provocadores a mando de alguém a quem isso interessava. É sempre assim!)

Ela devia passar uns diazinhos a trabalhar numa mina, obrigada, para dar valor ao sofrimento daquela gente! A mim, só a ideia das profundezas – e sem contar com o resto das condições – já me provoca calafrios.

Mas este dia em Portugal – e o de amanhã também – vão ficar marcados pela greve geral dos médicos do SNS (Serviço Nacional de Saúde).

A ultrapassagem da Constituição tem sido apanágio e prática deste governo de direita “comandado” por Passos Coelho, uma vez que não conseguiram/não viram disposição dos outros partidos da Assembleia para uma aderência suficiente à sua alteração e então as coisas vão acontecendo em nome da CRISE e a Constituição vai sendo esvaziada lentamente.

Com a saída de tantos médicos, do SNS, para a reforma, já desde o tempo de Sócrates, Primeiro Ministro, altura em que continuou, com mais acutilância, a perseguição aos Funcionários Públicos, pensei, cá para mim, que os “novatos” e a contrato que estavam a entrar para os hospitais públicos, não tivessem “estrutura” ou coragem para se manifestar devido à sua condição precária.

Enganei-me redondamente! A realidade demonstra que ainda existem muitos médicos no SNS, do quadro, com a “bagagem e sapiência antigas” que sabem o que querem e para que tiraram o curso: foi para se dedicarem aos outros, aliviar-lhes o sofrimento, e não estarem sujeitos a esta “brincadeira” dos “meninos do capital” que o que lhes interessa é favorecer os poucos ricos e a banca, não tocar em quem roubou os povos, obedecer à Alemanha – pois Comissão Europeia e União Europeia, “já eram”.

Espero que consigam bater bem o pé no chão e dizer NÃO à situação que está a ser criada. O que se pode chamar à supressão de recursos médicos e medicamentosos a pessoas que não têm possibilidades de os pagar do seu bolso? Nem sequer aos transportes para os mesmos?

É, evidentemente, que, quanto mais pessoas de idade morrerem, menos pensões pagarão  ou, doutra maneira, mais pensões deixarão de ser pagas pelo governo.

Mas, à mistura, muitas crianças e jovens irão levar o mesmo caminho se não forem tratados atempadamente. E depois diz-se que o País está envelhecido?! Que contradições tão grandes!

A pedra de toque que originou a greve dos médicos, hoje, – parece-me – foi a contratação de enfermeiros e médicos a preços tão baixos que nem uma mulher-a-dias aufere numa casa particular. E, mais: a contratação deste pessoal através de empresas de prestação de serviços.

É claro, que as razões que determinaram a greve não foram só estas, são também de carácter técnico-profissional, de ética, e para que o SNS não seja extinto. Bem hajam!



Não sendo eu pessoa influente nos meios governamentais, posso apresentar aqui as minhas ideias – que os governantes aliás conhecem – mas que muitas pessoas que não passaram por certas situações desconhecem.

Diga-se, em abono da verdade, que em Portugal só sabemos o que se passa quando precisamos de resolver qualquer assunto a nível oficial, e só nos apercebemos dos “espertinhos” que proliferam pelo País fora, quando nos vêm aos bolsos buscar aquilo que não roubámos e para o que não fomos vistos nem achados.

O intuito de desfazer a Função Pública não é novo – logo, não é de agora. Sub-repticiamente tem-se vindo a desvincular e a desvirtuar os serviços públicos das suas funções de variadíssimas maneiras:

  • admitindo pessoal sem ser através de concurso público, optando em sua substituição      pelo perfil (físico, intelectual, não se sabe) com base numa entrevista, mais comumente designado “factor C” (a célebre “Cunha” que serve para tudo);
  • mobilidade de pessoal de uma secção para outra – o trabalho público implica conhecimentos e é executado com base na legislação que vai saindo, logo a mudança de uma secção para outra, prejudica em especial o público, porque não é de um dia para o outro que as pessoas se adaptam à legislação de outro sector;
  • contratando pessoal a recibo verde, a contractos das mais variadas espécies, através de POC’s e quejandos, etc.
  • colocando na “prateleira” técnicos especializadíssimos e conhecedores dos serviços a quem continuavam a pagar, mas não lhe davam trabalho, e contratando empresas privadas para realizar serviços delas desconhecidos, que ganhavam “balúrdios” e não faziam nada de jeito;
  • o Estado paga a essas firmas duas a três vezes mais do que paga a um funcionário do quadro, e o trabalhador que vai executar o trabalho ganha simplesmente um terço ou menos, daquilo que o Estado paga por ele;
  • generalizou-se, por imposição superior, a contratação do pessoal de limpeza em todos os serviços do Estado; (neste sector é preciso ter em conta que o Serviço Nacional de Emprego, para efeitos de subsídio de desemprego fazia – agora, se calhar já não – diferença entre uma funcionária de limpeza para um escritório e uma para o serviço doméstico – parece que não há-de fazer diferença, não é?, mas faz e realmente não é a mesma coisa)
  • o Serviço de Saúde não foi excepção no que respeita à contratação de pessoal de limpeza a essas empresas privadas de prestação de serviços;
  • as empresas estatais de serviços básicos para as populações começaram a contratar empreiteiros privados para a elaboração dos mesmos, e estes por sua vez concediam-  -nos em regime de subempreitadas;
  • as Câmaras desvincularam-se das suas responsabilidades directas e formaram empresas camarárias com as evidentes consequências;
  • a Caixa Geral de Depósitos deixou de ser o único banco a pagar os ordenados aos funcionários públicos e foi autorizada a sua transferência para os bancos com quem cada um trabalhava particularmente;
  • a CGD deixou de ser o único banco com quem os organismos do estado trabalhavam, e as consequências estão à vista;
  • e muitas, muitas mais coisas ruinosas para o estado foram sendo permitidas;
  • chegando-se ao ponto de Manuela Ferreira Leite, como Ministra das Finanças, do palanque da Assembleia da República, insultar os Funcionários Públicos. (Deve constar das Actas e gravações da Assembleia da República);
  • por último, temos o fomentar da “Guerra declarada” aos Funcionários Públicos em contraposição aos trabalhadores do sector privado, por parte do Ministro Sócrates e seus colaboradores, acolitados pelos jornalistas da TV, de qualquer canal, e seus convidados para mesas redondas, como se os Funcionários Públicos fossem uma espécie em via de extinção e os culpados de todos os males de que sofre o País – e se calhar a Europa!!!
  • mas podem crer que sem eles (FP) nada pode funcionar seja em que País for: eles são e serão os garantes de um País independente e soberano. Sem eles, seremos o quê? Empregados de um Belmiro de Azevedo, de um Santos da Jerónimo Martins, de um Amorim, de um Espírito Santo ou dos “falsos banqueiros “ que por aí proliferam e que mais não são do que Gerentes dos respectivos bancos? Todos eles com um factor comum: só olham para o seu umbigo e não querem saber do País para nada, a não ser para o chupar até ao tutano desde que os Políticos lho permitam.

Agora chegámos ao “desplante” de contratar a essas empresas de prestação de serviços, enfermeiros e médicos para trabalhar à hora. Vê-se bem, por aqui, a consideração que este governo tem pelas pessoas, pelo POVO, pelo País.

“Em tempos que já lá vão” as funcionárias de limpeza eram pessoal do quadro dos Hospitais, assim como todo o pessoal que trabalhava na Função Pública; daí que estivessem a tempo inteiro n os Hospitais, trabalhando por turnos. Lógico, não será? Quando passaram a contratadas às ditas empresas, têm horário diurno, saem às 17 ou 18 horas. Por outro lado não têm preparação para trabalhar em sítio tão delicado que requer tantos cuidados de higiene para o bem de todos, especialmente delas que deviam saber proteger-se para não contrair doenças nem as propagar por todo o hospital. Só um exemplo: já vi limpar uma mesa em que tinha sido feito um gesso, na urgência, com o mesmo pano que a empregada estava a limpar o chão. E também já vi a roupa suja de um doente que vomitou na cama e a quem tiveram que fazer a cama de lavado, ser deitada para debaixo da dita cama, para que, no dia seguinte, a empregada da limpeza, a levasse para onde devia. Estão a ver como se apanham doenças nos hospitais além daquelas com que se entra?!!!  Os antibióticos não atacam tudo…

Depois da limpeza vamos aos médicos: contratados à hora? E com que preparação? E a carreira hospitalar para os ensinar a trabalhar? As universidades dão-lhe a teoria e… alguma prática. Mas o dia-a-dia com orientação de quem já está batido na matéria é que os ensina.

O Primeiro Ministro, que é filho de um médico, não aprendeu isso com o “papá”?

Com a saúde não se brinca! Nem com a enfermagem! Nem com a educação! Nem se devia brincar com a engenharia: aliás os romanos eram bem severos para com os engenheiros que não construíssem bem as casas e provocassem, por isso, desastres pessoais, lembram-se?!!

Na classe política deve haver, já, muita gente que não estudou História: são muito novos para terem apanhado esses programas a sério!...

Mas não sei se a greve dos médicos de hoje, levada a cabo porque o vaso transbordou devido às contratações à hora, servirá para preservar o SNS e para resolver todos os problemas que se estão a constatar em desfavor de todos. Bem gostaria de ter esperança nisso!

Mas… o Primeiro Ministro definiu bem as suas intenções com a interpretação que fez da decisão do Tribunal Constitucional a respeito da inconstitucionalidade no que respeita à equidade do não pagamento dos subsídios de férias e de natal aos Funcionários Públicos ao contrário do que acontece com os trabalhadores do sector privado. As suas palavras foram mais ou menos estas: “para pagarmos esses subsídios temos que cortar noutro lado; e, então, iremos cortar na saúde e na educação.” Eu interpretei esta atitude como um acto de vingança. Mas ele quer vingar-se de quem ou de quê? Não é que eu não tenha pensado já, várias vezes, que este governo de direita, em tudo o que faz e diz deixa uma nuvem de suspeição de que se quere “vingar” de algo!... Bom, com o tempo ainda se há-de descobrir.

Com o ataque a tudo o que diz respeito às conquistas do POVO para sair da “Idade Média” em que esteve mergulhado até 24 Abril de 1974, menos àquilo que devia atacar e que deu origem à CRISE que hoje vivemos, sem para ela – nós, POVO – termos contribuído, não acredito que as coisas melhorem ou se modifiquem.

Estamos a ser comandados de fora, da Alemanha, tal como disse ao princípio, e só é cego quem não quer ver quais são as intenções da mulher que está à frente das tropas. E espero bem que o sangue que já correu no nosso País e noutros como, por exemplo, a Grécia e agora a Espanha, com as cargas da polícia, contra quem se manifesta porque já tem fome, não passe disto. É preciso ter os ouvidos bem abertos e saber interpretar as palavras proferidas por pessoas com responsabilidade para se perceber que o que está por detrás de tudo isto, não é tão inócuo assim!

Os políticos andam a mentir-nos todos os dias e a todas as horas e a brincar com os povos, como se eles não fossem também filhos do POVO: é vê-los a mudar para fatinho de corte de alfaiate (não de pronto-a-vestir) logo que chegam a certos lugares – à nossa custa, naturalmente!

Abramos bem os olhos e não aceitemos a divisão que eles estão a instaurar no nosso seio para melhor reinar, como diz o ditado: “dividir para reinar”.

Saibamos salvar-nos, porque deles nada podemos esperar para nosso bem!





Rosa dos Ventos

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Portugal … que presente? e que futuro?

Pergunta estúpida? Acham?

Ora «presente» não é só agora, não é só um minuto, uma hora, um dia.

«Presente» é aquilo por que estamos a passar, é o enxovalho e a risota de que estamos a ser alvo.

Mas não estamos sós! Outros, muitos, que como nós, são parte deste  Continente a que baptizaram com o nome de  Europa, já deviam ter aprendido com o passado do passado séc. XX. Mas não! Queriam tanto, esforçaram-se tanto para que o muro de Berlim desaparecesse, que agora tomem lá: foram picados pelo lacrau que se escondia debaixo das pedras.

Tal como o outro, o do bigodinho, eis que aparece no topo das hierarquias da Alemanha – e dizem que a História não se repete! – não se sabe bem como, um personagem, desta vez, mulher, mas com o mesmo espírito dominador, repressor, esclavagista, xenófobo, a passar por cima de tudo o que está estabelecido por acordos, a ignorar as organizações e seus responsáveis, para, sozinha, dominar a Europa através da parte financeira.

A vaidade de uns em querer ficar na História dos seus Países como os impulsionadores e mentores de isto e daquilo, meteram-nos nesta grande sarilhada de fazermos parte de uma moeda única, que de única não tem nada, pois para cada País tem um câmbio diferente como se das nossas próprias moedas se tratasse.

Meu querido escudo, que falta me fazes!!

Eu nasci e sempre vivi em Portugal, amo o meu País e renego imposições vindas donde vierem e muito mais da Alemanha. Esta «Land» que já tanto mal fez ao mundo, continua com o vírus da conquista e do domínio dos outros povos. Que antibiótico lhe poderemos aplicar?!

Há um, que dá pelo nome de «moeda nacional», que todos quantos caíram na esparrela de aderir ao Euro deviam voltar a usar. Dívidas à Alemanha? Já eram! Quem deve a toda a Europa é a Deutschland ou a memória é tão curta que lhe querem perdoar?

Bem faz a Grécia em gritar bem alto que não deve nada a ninguém. O que se está a passar é uma ingerência descarada em Países soberanos.

Ponhamos as nossas moedas a circular e voltemos as costas a esta fantochada. Há tanto sítio, tanta terra de quem no aproximarmos, que, se não dá para oriente, rumemos a ocidente, viremo-nos para dentro e para o mar imenso, sem fim, e sobreviveremos.

Senhores governantes: se continuardes a maltratar-nos, cautela! porque o povo também tem dentes!
Democracia é para todos e «o povo é quem mais ordena»…



Rosa dos Ventos


Aos Jovens

Vós que quereis viver intensamente a vida, tomai atenção à Lei do Trabalho, feita pelos patrões e que se destina a fazer de vós escravos para eles poderem andar a gozar a vida e a estoirar dinheiro a-seu-bel-prazer. Tende presente que se deve trabalhar para viver e não, viver para trabalhar. Deve-se ter Estado Social porque isso de cada um fazer o seu pé-de-meia para a velhice ou para fazer face a uma doença, é uma treta.
Eu por exemplo segui os conselhos que começaram a rolar por esse País já há um par de anos e fiz um “complemento de pensão” num banco onde me prometeram uma situação muito agradável. Mas como na altura os Bancos ainda não estavam obrigados a dar-nos por escrito as condições do contrato, "os malandros", a meio do caminho, alteraram-me as condições sem me dizer nada. E por mais que eu peça, agora, os documentos com as condições nas quais se baseou o meu contrato não mos dão, entregam-me as condições novas. Isto significa que, dantes, quando nos diziam que as coisas eram de determinada maneira, cumpriam a palavra dada. Hoje, quer dizer, de há uns tempos para cá, já não há gente de palavra. Regateia-se com os funcionários que estão ao balcão, mas coitados deles: apanham os embates mas não têm culpa do que fazem os mandantes - que neste caso não se podem chamar patrões, porque as funções são de gerentes. Portanto, não se deixem ir na conversa desta gente.
Queiram o vosso futuro assegurado e estejam atentos àquilo que os governos fazem com o dinheiro dos contribuintes. Para onde é que o desviam?!… Quando votarem façam-no em quem vos dê garantias de olhar pelo País e não só pelos senhores do Capital como acontece agora.
Vejam bem como este governo se prepara para desfazer o sistema nacional de saúde: fechando hospitais essenciais para juntar tudo num só na zona da grande-Lisboa. Ao que ouvi, 700 camas. Não dão para nada. Se todos os hospitais que existem já são poucos - quando os mostram nos noticiários há sempre gente nos corredores - como será depois?!

Aquilo que Manuela Ferreira Leite e Álvaro Barreto disseram numa mesa-redonda na TV, de que com as pessoas a partir dos 70 anos já não valia a pena gastar dinheiro em certos tratamentos, já está a acontecer. E não foi preciso virem-no dizer para a TV, é só ir aos lares para idosos e ver o caso que o pessoal que deles devia cuidar, faz das pessoas: aparecem com uma doença oncológica, prometem-lhes que os vão operar e não lhes ligam mais. Deixam-nos morrer. Para o Estado é menos um a receber a pensão e para o lar é uma vaga que se abre para outro entrar.

No dia 16 de Abril de 2012, no Programa Prós-e-Contras, tivemos “Jovens” a discutir o que se passa no País e a opinarem sobre o que desejam para o seu futuro. Primeiro é preciso dizer que do nosso lado direito, os três que lá estavam, formados em Economia, já não eram tão jovens assim, e deram a impressão de estar muito bem na vida. As suas opiniões foram, a meu ver, as que por aí correm no seio deste Governo e de muitos outros economistas: só pensam em dinheiro, as Pessoas não interessam. Os outros três, que estavam do nosso lado esquerdo, eram realmente pessoas mais jovens e, calcule-se, todos contra os seus parceiros economistas. E creio que, pelo menos dois deles, também eram formados em Economia. Mas devem ter tirado o curso noutra Faculdade, numa em que estudaram Ciências Sociais e da Vida, e não só gráficos de “sobe-e-desce” de flutuações bolsistas e quejandas.

Dum lado, os representantes do Capital – onde o metal da moeda é um pouco duro para ser ingerido – e do outro, jovens a pensarem nas Pessoas e em como a vida deve ser vivida e a solidariedade deve ser aplicada.

Irrita qualquer um, se repararam bem na expressão facial dos que se colocavam à direita, o sorriso irónico que esboçavam enquanto os da esquerda falavam. Como quem diz:

- Coitados não percebem nada disto! São uns inocentinhos, a acreditarem que se pode continuar a sustentar um Estado Social em qualquer País!

E pergunto eu, também, a talhe-de-foice:

- Quem autorizou senhores de diversos governos a “jogarem” em bolsa o dinheiro da Segurança Social”? Por onde é que ele anda? Segundo noticiaram na época, foram largos milhões.

- Que confiança se pode ter em governantes que “deitam a mão” aos Fundos de Pensões das Instituições, que são dinheiro/mealheiro dos próprios funcionários para complementar as suas pensões de velhice e se servem dele para tapar o Déficit do Estado? Em que condições ficam mais tarde, essas pessoas, quando se reformarem? São englobadas no regime geral de miséria que se está a preparar? Enquanto se vai sabendo que os deputados da UE e da Assembleia da República se vão reformando com chorudas reformas vitalícias, sem trinta e seis anos de desconto e somando-as a reformas de trabalho   privado? E ainda, ao que consta, os deputados e funcionários da UE nem fazem descontos para as reformas: são os respectivos Estados que lhas pagam do seu Orçamento Geral que o mesmo é dizer à custa dos que ainda estão a descontar e do dinheiro dos nossos impostos.

ISTO NÃO É DEMOCRACIA!!

Outro dito muito em voga:

«Os descontos do pessoal no activo é que estão a pagar as pensões dos reformados».

E o dinheiro dos descontos dos que estão reformados para onde foi? Foi o tal que foi jogado em bolsa?

Se assim é, tem que se apurar quem o fez e chamar à responsabilidade quem tomou tal atitude. Não pode ficar impune quem abusa da confiança do Povo.

Cada vez detesto mais os Economistas! E temos o País infestado desta "peste"!

Qualquer boa dona-de-casa geria melhor este País.

Que vai fazer Cristas distribuindo terras a jovens agricultores? Devem ser todos do CDS… E é só fogo-de-vista!
O que ela devia fazer era ajudar os que já o são e estão a braços com dívidas à banca. E esses “meninos” que tanto querem trabalhar, que se integrem nessas explorações já feitas e que nos têm dado de comer para, primeiro, aprenderem como se faz e não virem com os olhos vendados, sem prática nenhuma, comer mais uns milhões que bem podiam servir para acudir aos aflitos.


Rosa dos Ventos