sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Apresentação

Acabo de ser apresentada a uma família da maneira mais inesperada que imaginar se possa: «esta senhora é filha do melhor médico que Évora já teve».

Fico sempre um pouco comprometida com este tipo de apresentações, no que diz respeito à minha pessoa, pois do que gosto mesmo é de me movimentar e “meter o nariz” onde me apetece passando incógnita no meio da “multidão”.

Quanto ao elogio ao meu Pai, por saber que é sincero vindo de quem veio, agradeço-o profundamente. É algo que me apraz imenso saber que os outros, por quem ele tantas vezes nos deixou sentados à mesa, até em dias de nossos aniversários, e saiu porta-fora para ir acudir a quem de seus conhecimentos precisava, lhe reconhecem o valor e o que ele fez por eles.

Talvez mesmo, que muitos dos habitantes da cidade de Évora e seus arredores, hoje, já cá não estivessem, ou tivessem desaparecido mais cedo, se ele – meu Pai – não tivesse interrompido as suas refeições e o seu sono para ir “acudir aos aflitos”. Sempre se privou do seu bem-estar e a família da sua companhia, em prol dos outros.

Ao ouvir um elogio destes, fico satisfeita e orgulhosa, pois reconheço que ainda há alguém que se lembra dele, depois de tanto tempo passado, embora, depois da mudança de regime em Portugal, muitos, dos que muito lhe deviam, o tivessem tratado como muita gente, hoje, acha, que é indigno tratar um animal de quatro patas.

Tanto ele, como muitos dos seus colegas, e, recuando um pouco mais, ao tempo do meu Avô, seu Pai, formaram um conjunto de médicos que tudo deram à cidade de Évora no campo da medicina recebendo nada em troca. Nem um reconhecimento espontâneo por parte da edilidade da cidade.

Se o meu Pai tem hoje uma rua, escondidinha, com o seu nome, não sei a quem o deve.

Quero dizer, penso que foi ao meu Pai que a rua foi dedicada, pois que não mencionaram por debaixo do nome nem a profissão, nem a data de nascimento e da morte como é de costume fazer-se. Começar o nome da rua por “Dr.” tanto pode ser um economista, um advogado, enfim, qualquer licenciado. Com “Dr.” atrás do nome há hoje muita gente, uns merecendo-o, outros nem tanto, talvez.

 Mas se ainda houver gente nesta cidade que tenha estado tuberculoso até mais ou menos 1975, e se tenha curado, pode dizer, com certeza, quem o tratou. Pois tanto o meu Avô como o meu Pai foram incansáveis na luta pela erradicação dessa doença em Évora e arredores.

Mas aquilo a que o meu Pai me habituou muito mal e a todos os que dele se socorriam, foi à certeza com que fazia o diagnóstico duma doença. Os meios de diagnóstico, hoje-em-dia tanto em voga, para ele, só serviam para confirmar que o tratamento que tinha aplicado ao doente era o correcto. E essa certeza e a paz de espírito de que éramos possuídos por confiar no que ele dizia era meio-caminho-andado para a cura.

Mas, permita-me a pessoa que fez a apresentação da minha pessoa à sua família, que me alongue um pouco mais na minha descrição sobre o meu Pai.

Pois que, embora eu, por vezes, considere que ele foi um Pai de certo modo ausente devido à sua profissão, por nunca se ter negado a ajudar fosse quem fosse, rico ou pobre, quer pagasse quer não pagasse, ainda teve tempo suficiente para transmitir valores morais e materiais aos filhos, a todos, e também as técnicas da profissão aos dois, que seguiram as suas pisadas. E a programação das suas condutas é a mesma, seja em que aspecto for, especialmente no técnico, pois quando eles dizem que o doente tem isto ou aquilo, é mesmo isso ou aquilo que tem. Os meios complementares de diagnóstico são só os comprovativos do que já na cabeça deles está preconizado.

Não precisam os doentes, assim, de andar aos “pulos” de Herodes para Pilatos, à procura da causa da doença. Se é que muitos deles têm tempo de a conhecer!....

E por aqui me fico, pois não quero alongar-me mais. Penso que, resumidamente, já consegui agradecer a apresentação de que fui alvo hoje.

Mais uma vez um muito obrigado sincero à pessoa em causa.

Rosa dos Ventos
14-10-2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011


ATRAVÉS DAS GRADES



Nem tudo o que parece é. Contudo, há imagens que impressionam.
Ver pessoas atrás de grades transmite sempre uma posição de subalternidade, humilhante, embora nem todos sejam “prisioneiros” pelos mesmos motivos.
A primeira ideia que nos vem à cabeça quando se fala de grades são as grades das cadeias/prisões: é triste que estas situações tenham que existir.
Depois, temos as grades nas janelas das casas, especialmente em janelas de rés-do-chão, que eram muito características em casas antigas, nas cidades, vilas e aldeias, e muitas eram mesmo magníficas obras de artesanato, dos grandes artistas populares.
Contudo a sua existência significava “protecção”  contra “os amigos do alheio” . Mas… coisa engraçada! muitas delas colocadas em habitações situadas em povoações onde até o costume era deixar-se a chave na porta, a porta aberta ou o postigo aberto para facilitar a  entrada em casa dos próprios donos,  uma vez  que a confiança  nos vizinhos era total. Nos vizinhos e não só, pois ninguém entrava sem bater à porta ou perguntar:
-“está alguém?”  ou chamar por: - “oh da casa!” .
Poderemos então pensar que nestas zonas as grades nas janelas eram puro ornamento? ! Talvez sim, talvez não!...
Hoje vemos a maioria das casas com as janelas gradeadas no piso térreo, mas essas grades já nada têm de belo: são direitas e só para protecção. Há até quem já esteja a meter grades em janelas do primeiro piso andar e… imaginem, protecções metálicas pelo lado de dentro dos vidros das janelas.
Não há dúvida de que agora significa mesmo protecção. É horrível, não só o aspecto das casas transformadas em “prisões” dos seus próprios habitantes como, se pensarmos em termos de salvamento de pessoas em caso de fogo, por exemplo, tudo isso vai dificultar a acção de bombeiros. Mas também não há dúvida de que os tempos que estamos a atravessar levam as pessoas a “proteger-se” o mais possível do “inimigo exterior”, esquecendo-se totalmente de que podem ficar reféns dessa protecção que de certa maneira tem o seu fundamento para existir.
Além destas grades que são as mais comuns a toda a gente, não posso deixar de pensar nas “vergonhosas” grades dos campos de concentração durante a segunda guerra mundial, em pleno século XX e que se vêem nas fotografias dessa época: pessoas e crianças famintas, autênticos esqueletos ambulantes, agarradas às grades com expressões suplicantes para que alguém as libertasse daquele maldito inferno em que se encontravam sem culpa formada. Eram grades que as separavam de um mundo livre, de um mundo em que toda a gente aspira viver e afinal… parece não conseguir.
E parece não conseguir, porque como já descrevi acima as grades continuam a existir e tornaram-se “moda” pois servem para separar grupos de pessoas. Além das usadas pelos órgãos de segurança pública para separar o povo dos poderosos, políticos ou outros, nos percursos por onde estes passam em ocasiões de cerimónias ou para reuniões importantes, as mais aberrantes que estamos condenados a ver são as que dividem os participantes na chamada “festa anual do Pontal” do PSD do povo que não teve lugar à mesa, mas que se calhar votou neles, e que se aglomera à volta dessas “altas” grades guarnecidas de redes, para ouvir o discurso do “chefe”.
São fotografias também para memória futura, bastante degradantes, embora os prisioneiros sejam - imagine-se!- os que se sentam à mesa à volta do “chefe”.
Chego à conclusão de que as grades não só símbolo de autoritarismo, despotismo, ditaduras, delimitações efectivas da liberdade, mas igualmente objectos que também servem a DEMOCRACIA.
Mas Democracia não significa o poder do povo? Então porque é que esse povo fica sempre delimitado por grades? As grades, afinal, significam liberdade?
Esquecia-me, mas não costumo ter a memória “curta” – por enquanto, enquanto estiver no meu juízo perfeito – é que realmente na última década (esta, em especial) as palavras passaram a significar o seu contrário.


Rosa dos Ventos

Eu aqui
                              você aí!

“Quando eu era pequenina, usava fitas e laços…” e via a minha Avozinha, ao Sábado, distribuir pão em pedaços.
A miséria era tanta, que quem ainda podia alguma coisinha, procurava ajudar aqueles que andavam famintos, especialmente os mais velhos que já não podiam trabalhar – “os reformados sem reforma”.
Quando se ia à missa, durante a semana ou ao Domingo, à saída, junto à porta da Igreja, muita gente pedia esmola. E lá vinham a minha Avó e outras senhoras, a meter a mão ao bolso do casaco e a distribuir por aquela gente sem recursos os trocos que de propósito lá tinham guardado para esse efeito.
Pelo Natal, presenciei, também, a distribuição de cobertores a famílias carenciadas, por intermédio de uma pequena organização quase familiar.
Devido ao ambiente religioso em que cresci e à escola que frequentei, fiz parte de uma conferência de S. Vicente de Paulo e ia, todas as semanas, levar géneros alimentícios, a uma família que me estava atribuída: era uma ajuda para a semana.
Ao contrário do que muitos poderiam pensar, estas acções/participações, criaram, em mim, uma grande revolta. Não enraizei aquele espírito altivo e de superioridade perante “os pobrezinhos”, -“eu aqui, vocês aí”-  que os ricos faziam questão de evidenciar, conquanto na minha família sempre tivéssemos vivido na “chamada” classe média remediada e trabalhadora. Mas conclui que toda a gente tem direito ao trabalho, trabalho digno e devidamente remunerado, e não ficar condenado a ser “espezinhado” e “gozado” pelos que mais podem: os ricos.
Pergunto: - como é que alguns “têm mais” que a maioria? Trabalhando? À custa do trabalho mal pago daqueles que “espezinham” e “subalternizam”? Por meio de golpes estratégicos?
Vejo quase todos os dias, programas televisivos de debates sobre política, onde são poucos os intervenientes políticos de esquerda e onde a maioria é de políticos da direita. Vai daí, “o minuto” de um deles – da direita -, no programa Frente-a-Frente, foi sobre a boa aderência que teve a recolha de géneros alimentícios no fim-de-semana de 28 e 29 de Maio, junto dos supermercados, a favor do banco alimentar.
Até as tripas se me revoltaram!
É triste! é desesperante! que no século XXI, em que se esperava que todos pudessem viver melhor e mais igualitariamente, tenha de haver banco alimentar para suprir a fome daqueles que ficaram sem emprego, sem trabalho, devido à ganância, novamente, dos senhores ricos: administradores de bancos e quejandos. Este banco alimentar é como que o substituto das esmolas que se davam no séc. XX aos “pobrezinhos. Nessa altura também havia a “sopa dos pobres” nas Misericórdias; hoje é nas Associações de Solidariedade Social.
Muda-se o nome mas… vai tudo dar na mesma.
E eu que pensei que com a mudança do sistema político - da ditadura para a democracia - a vida iria mudar para melhor! Eu e muita a gente!
Sonhos, sonhos, sonhos! Que viraram pesadelos, pesadelos, pesadelos!
E… a seguir… o que vai vir?
Pelo caminho que estamos a percorrer politicamente, quem me garante, que um dia, não terei, também eu, de recorrer ao dito “banco alimentar”? Não sei o que vão fazer da minha reforma?!... De início retiraram-me logo os dez por cento do tempo de Manuela Ferreira Leite; a seguir passei a pagar novamente para a ADSE como se estivesse no activo, ou seja, pior, porque o desconto aumentou; e o IRS também anda para cima, e para baixo, e nunca se sabe com o que se conta: tudo descontos que não constavam do “contrato” que fiz com a Função Pública quando para lá entrei.
É engraçado, não é?... Ao senhor Mexia ninguém lhe pode diminuir seja o que for do MUITO que ele ganha, porque faz parte do contrato, mas aos funcionários públicos ninguém lhes respeita os “contratos”!
E a festa continua!…
Mas os governantes, hoje em dia, são lá postos por nós, O POVO, com a finalidade de governarem o País para o bem de todos – ou não será isso a Democracia? São pagos por todos nós, mas que fazem eles? Melhor, que fizeram eles? “Embrulharam” as coisas de tal forma que ninguém sabe no que tudo isto vai dar.
Estes políticos gananciosos e que estão bem instalados na vida à custa de todo o povo que “espezinham”, comportam-se como os ricos do antigamente, e de agora, que achavam, e acham, que só eles tinham, e têm, direito a possuir certas coisas, tais como: casa, carro, estudos, uma vida digna.
Com a agravante de que a maioria das pessoas que hoje se encontra em dificílimas condições de vida, e que muitos acusam de ter começado a viver acima das suas possibilidades, se se “endividou” para comprar uma casa ou um carro e para viver melhor, foi porque estava convicta de que o seu posto de trabalho não estava em perigo.
Os patrões (com a anuência dos políticos) são os culpados destas situações: porque não foi por causa de falta de trabalho que fecharam as fábricas e as empresas: para não perderem margens de lucro, foram para outras paragens à procura de menos impostos e encargos sociais  para os países que não se preocupam, minimamente, com as condições sociais da sua população e onde prolifera a escravidão no trabalho. E ao mesmo tempo jogam com a sediação das firmas em países onde os impostos são mais baixos, põem o dinheiro em paraísos fiscais, fugindo assim ao fisco em Portugal e prejudicando o volume dos impostos que ficam todos sobre os reformados e aqueles que ainda têm trabalho - sabe-se lá em que condições e até quando!...
Mas a estes ninguém lhes diz nada, nem os incomoda.
Quem tem que andar em dia com os pagamentos fiscais são:
·        aqueles a quem o Estado deve – e muito;
·       aqueles que trabalharam para os senhores que se passeiam em carros de alta gama e tens “brutas” casas, mas que lhes ficaram a dever os  trabalhos contratados e que, exigindo-lhes as respectivas facturas, deixaram-nos “a braços” com o pagamento do IVA  sobre aquilo que não receberam;
·      e ainda os “coitados” dos funcionários públicos e dos reformados que não têm como fugir a coisa nenhuma.
À boa maneira portuguesa quem não cumpre e prejudica o País não é culpado, e quem não tem culpa nenhuma do que se está a passar é que é obrigado a passar fome, a ficar sem dinheiro, sem casa e sem carro, é acusado de viver acima das suas possibilidades, e é quem tem de ir pagar o que os outros roubaram, não pagaram e se estão a rir disto tudo.

Isto é PORTUGAL, não é? E sempre assim foi, não foi?

QUANDO MUDAMOS? That is the question….



Rosa dos Ventos


quinta-feira, 28 de julho de 2011

Nascer….

                         É

                                   para morrer

                      

Tudo o que nasce, fatalmente, morre!

O Homem não foge à regra do ciclo da vida!

Mas morrer dá muito mais trabalho do que nascer.

Parece contraditório, mas não é: a pessoa para morrer pode dar lucros ou prejuízos à Nação. Tudo depende da situação social e económica do cidadão.

E morrer implicou e implica, hoje mais do que nunca, ter testamento ou testamentos.

Testamento?! De quê e porquê?

Então vejamos:

Durante muitos séculos todos sabiam que mais cedo ou mais tarde morreriam e toda a gente vivia absorta por essa fatalidade – a morte!

Até porque os costumes de lutos eternos a isso conduziam.

Havia crianças que nunca viam os seus familiares senão de preto vestidos.

Os tempos mudaram e as mentalidades igualmente, ao ponto de se supor que quem morria eram só os “velhos”.

Mas os tempos tornaram a mudar e com eles apareceram novos hábitos de vida: melhores? piores? Cada um que interprete à sua maneira!

Embora haja melhores condições de vida, hoje não se vive, corre-se na vida; é tudo a correr, é a grande velocidade, é tudo para ontem, é tudo contado ao milésimo de segundo, todos se querem superar, até a si próprios, o que leva a que o esforço encetado origine que os novos tenham começado, também, a desaparecer mais cedo do que talvez desejassem.

Mas ninguém pensa nisso. E talvez seja bom que assim seja!

E os tempos vão mudando e os meios de sobrevivência das pessoas também. Ou seja, as condições de habitação e alimentação e os meios de combater as doenças melhoraram significativamente. E com eles a esperança de vida alargou-se!

E com ela maior despesa para os próprios e para o erário público.

E, também, grandes problemas para os governos dos Países.

E com isso, maior negócio para todos os sectores ligados à saúde.

Se se combate uma doença por meio de vacinas ou de medicamentos novos, outras serão “inventadas “para que os “rendimentos” não baixem.

E se dantes, nos outros tempos, já longínquos e bem ultrapassados, as pessoas que pensavam que um dia haviam de morrer e eram possuidoras de alguns bens, se preocupavam em fazer testamento desses bens, logo se “inventou” que esses testamentos tinham que ser regulamentados, porque a família não podia ser prejudicada face a alguém fora do “clã”.

Mas, como o pensamento nunca pára de inventar coisas, uma vez que apareceu a possibilidade científica de transplantar órgãos, foi preciso regulamentar essa prática.

Começou então por se tentar sensibilizar a população – alguma, aquela que poderia levantar problemas – para o facto de que era um caso de consciência as pessoas poderem “doar”os seus órgãos, em vida, para o caso de serem vítimas de acidente ajudarem alguém que precisasse deles para poder continuar a viver.

Mas, a “sensibilização”para a doação espontânea não deu o resultado esperado, pois ninguém consegue pensar, ainda, em ser “esquartejada”, mesmo depois de morta, para salvar uma vida por muito que ache que isso possa ser uma atitude muito louvável.

Daí que, pelo menos, no nosso País, se tenha legislado, sobre o assunto de modo a que os pais de filhos menores tenham que preencher uma espécie de testamento, nos centros de saúde, autorizando ou não essa doação “forçada” e os maiores de dezoito anos sejam eles próprios a fazê-lo. Mas se esse testamento não existir – e ainda não percebi como se certificam de que ele existe – os órgãos podem ser retirados, desde que se verifique que a pessoa é considerada em morte cerebral, e sem a autorização de ninguém.

Só que essa “divulgação” foi feita na altura em que legislaram sobre o assunto, mas o que se verifica é que quase ninguém tem conhecimento disso. Muito bom seria que os serviços competentes e os meios de comunicação mais vistos e ouvidos fossem utilizados para essa propaganda. Porque eu tenho a certeza, de que com a ignorância que nos é própria e que nos “alimentam”- sabe-se lá porquê?! – a maioria das pessoas não conhece nada disto. E, aos que hoje são maiores de idade, nunca lhes foi perguntado ou nunca foram confrontados pelos respectivos organismos com esta norma, ou seja, este “testamento”de doação de órgãos. E embora sendo eles maiores, quando algo de fatal lhes acontece têm que perguntar aos Pais ou outros familiares próximos se consentem na doação. Mas os próprios poderiam não o querer fazer!...

Já se conseguiu o aborto legalizado para escândalo de muitos mas era uma medida urgente de adoptar para evitar os métodos horrendos, desumanos e inqualificáveis em que os mesmos eram feitos a quem não tinha posses para recorrer aos locais onde eram praticados com humanidade. Sobre este assunto não acrescento mais nada porque muito há para “pôr ao lume”sobre ele: aqui não há testamento!

Há tempos começou a falar-se na eutanásia, mas pelo que me é dado verificar é matéria para reflexão mais prolongada!… Mas também vai precisar de testamento.

A norma que muitos, hoje, já conhecem – penso que por um pouco de “snobismo”, se me é permitido classificá-la assim – é a da cremação dos corpos. Muito dispendiosa, mas muito em voga nos dias que correm.

Contudo, no meu entender, também para isso deveria haver testamento redigido pelo próprio, pois não devem ser outros – embora parentes próximos – a tomar essa decisão.

Os cuidados paliativos já estão a ser praticados nalguns sítios, que não em todo o País, nem para toda a gente por falta de informação e de vaga. Mas aqui é uma obrigação dos serviços de saúde sem necessidade de “testamento

Vai pôr-se, agora, em cima da mesa, a situação da “morte assistida” para a qual vai ser necessário um testamento redigido pelo próprio enquanto detentor de todas as suas faculdades mentais e motoras.

E quer tratar-se em breve do testamento vital.

Ora eutanásia, testamento vital e morte assistida serão assuntos para uma minoria da população do nosso País.

Quem tem preparação para isso neste rincão de terra tão atrasado que não sabe falar, ler e escrever convenientemente, quanto mais perceber o que quer que seja sobre estes assuntos?

Temo tanto que no meio de tudo isto esteja a imperar “o despachar”, “o capital”, por falta de espaço e pelo custo que representa ter um doente “ligado às máquinas” como se diz no vulgo!!!

O vil metal tem muita força e a falta de deontologia, de sentimentos e de consciência das pessoas, hoje em dia, é de tal forma, que me aterroriza só de pensar no que pode daí resultar.

As queixas que se ouvem por toda a parte respeitantes à maneira como os nossos doentes, hoje, são tratados, na maioria dos casos, e por todo o País, “põem-nos os cabelos em pé”.

Quanto mais irmos pensar nestas propostas que se começam já a desenhar, num momento em que o primeiro e principal assunto da nossa sociedade é termos uma população demasiado idosa, que ao que se percebe daquilo que os políticos dizem, é “o grande embaraço” da governação porque só dá despesa e nenhum lucro.

Que maus pensamentos me invadem !!!!



Rosa dos Ventos













           






OS RICOS

Hoje, dia 28 de Julho de 2011, e já ontem, dia 27 de Julho de 2011 são duas datas que me vão ficar gravadas na memória: por um lado anunciam-se os quatro mais ricos de Portugal neste preciso momento:

Américo Amorim – ricaço da Cortiça e Galp Energias
Alexandre Soares dos Santos – ricaço do Pingo Doce
Belmiro de Azevedo – ricaço do Continente / Sonae
Família Guimarães de Mello - ricaços da Cuff, Brisa, Mello Saúde, etc.


Em sobreposição, o governo recém-empossado há um mês apresenta na Assembleia da República a nova Legislação para os despedimentos mais rápidos e com menos custos para os empregadores.
Cinismo e ironia? Ou maldade e perversidade de quem governa?
Então estes senhores não têm dinheiro para pagar decentemente aos seus trabalhadores que lhes criam estas fortunas e de suportarem os descontos que lhes são devidos para que na velhice possam ter reformas decentes?
E não vão colaborar no pagamento da dívida apurada pela troika?
Se o Barco Português não se aguentar no mar revolto provocado pela “ladroagem”dos mais ricos e dos sucessivos governos, muito em especial desde que entrámos para a UE, alguém me dirá em que moeda se encontra a fortuna destes poderosos do capital e onde está escondida para não naufragarem com o resto do povo?


Rosa dos Ventos



terça-feira, 28 de junho de 2011

Novo Governo

                   Primeiras impressões

Não me parece que os portugueses sejam capazes de ser tão aguerridos e tão patriotas como os gregos e que venham para a rua reivindicar não só a PÁTRIA como aquilo que lhes foi roubado por aqueles que vão continuar impunes.
O melhor do País vai ser vendido – com certeza a estrangeiros!
Obrigada Srª. Merkel pela brincadeira!!! Já conseguiu, indirectamente, pôr os Países a ferro-e-fogo.
E ficamos com o quê? A miséria, a ausência de trabalho/emprego, a falta de casa, o vasculhar da nossa vida privada até acharem (quem?!) que há ou não direito a algum subsídio ou a ser tratado no hospital.
E o programa do governo volta à “vaca fria” no que respeita ao testamento vital. Será que a intenção é ilibar os médicos/governo de possíveis responsabilidades ou verdadeiramente assegurar “uma morte digna” a um doente em estado terminal?!!
Nós não somos um País Democrático: tudo isto tem sido uma grande fantochada. Logo, uma medida destas é própria de uma sociedade que sabe muito bem o que quer, de uma sociedade democrática e instruída e que sabe o que significa um testamento vital.
Mas nem será certamente necessário: os doentes já estão a morrer sem assistência há muitos anos com as várias alterações e dificuldades em obter socorro em tempo útil.
Que se cuidem os Presidentes de Câmaras, pois vão ter que aumentar, e muito, os cemitérios.
Muitas famílias da anterior classe média alta e baixa, não vão ser capazes de aguentar a pressão da fome, da vergonha da situação, não vão permitir o vasculhar da sua vida privada, e vão solucionar o problema: assassínio em série da família com o suicídio final do autor da atrocidade/vergonha social.
Rosa dos Ventos

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Portugal e a CRISE!!!

Portugal pediu, em 6 de Abril  de 2011, ajuda ao FMI, FME e BCE por causa das dívidas que os sucessivos governos vêm acumulando desde há cerca de 25 anos. Sócrates e seus comparsas tiveram a habilidade de a duplicar em seis anos e alguns meses de governação desses 25 atrás referidos.
E quem está por detrás destas organizações internacionais são os principais bancos alemães e franceses, que, tudo leva a crer se hão-de julgar já donos de Portugal, da Grécia e da Irlanda.
Dedução implícita: Portugal está na mão de credores estrangeiros.
Logo, a nossa soberania política, financeira e económica, foi-se!.....
Perdemos a Independência Nacional?
Respondam, por favor!
Espero que as “cabecinhas” que estão agora para “entrar ao serviço”, pensem mais no País e na sua História – que é coisa que anda muito arredia deles – do que nos seus próprios “bolsos” e nos consigam livrar desta vergonha.
Mas quem “rouba” para comer e é apanhada pelas câmaras de videovigilância dos supermercados vai a tribunal, não é?
E que vai acontecer a quem provocou tudo isto? Nada?! Fica-se a rir?! Foge com as mãos cheias?!
Os bancos e os privados apregoam a todos os cantos que o Estado tem de “emagrecer”, mas não deixam de se “pendurar no Estado” a toda a hora pedindo subsídios para tudo e mais alguma coisa em vez de procederem como legítimas empresas privadas que se “alimentam” dos seus próprios lucros para investir nos negócios que abriram e vão abrindo. Ao contrário do que é próprio numa empresa privada, dividem os milhões de lucros que têm obtido pelos accionistas e não repõem os subsídios que o Estado lhes facultou. E pior: dividem os lucros em tempo e modo de poderem fugir aos impostos que têm que pagar ao Estado. Mas a eles as Finanças não lhes “deitam a mão” como o têm feito às pequenas e médias empresas que estão “afogadas” por serem credoras do Estado!
Para agravarem mais a “situação deles” e do Estado, deixaram de ter as “reservas matemáticas”, obrigatórias por lei, para se poderem precaver de situações adversas que tenham que enfrentar, especialmente assegurando com elas os salários dos seus trabalhadores e, no caso dos bancos, também os depósitos dos seus depositantes.
Anda tudo de cabeça para baixo e os pés para o ar, não anda? Ou sou eu que já pertenço aos “velhos do Restelo”?!
Desde há muitos anos que os políticos perderam a noção de que, como governantes, têm que governar o País e regular o seu funcionamento separando as águas: uma coisa é o que é público, e que tem que ser igual para todos, e outra coisa são as empresas privadas. Estas, também, reguladas pelo Estado mas não participadas pelo Estado.
E além disso, todas as riquezas/recursos naturais do País são de todo o povo e é o Estado, através dos seus governantes eleitos pelo povo, (pois estamos em Democracia – ou esqueceram-se disso e nós só servirmos para “fingir” que votamos?) que toma conta delas e as explora e as coordena em proveito da comunidade.
Logo não tem que haver privatizações daquilo e daquelas empresas que prestam serviços públicos, pois não é isso que faz a Alemanha, e a França, e a Inglaterra, e a Áustria, e, etc., etc..
Dizem que tudo vai começar a ser muito difícil para os Portugueses. Mas quem são esses portugueses de quem falam os políticos, os comentadores políticos, os jornalistas de todos os quadrantes, especialmente da TV, e em todos os canais, quer estatais quer privados?! Pois que, olhando para a fisionomia das ditas personagens, tudo nelas indica que não estão minimamente preocupadas com o assunto e que não vão ser afectadas!… Eles falam de outros Portugueses e... eles são o quê? Nacionais dos Offshores?!
Expliquem-nos, por favor. Por mim tenho estado a ver os meus rendimentos e benefícios a que pela Constituição Portuguesa tenho direito, atingidos, e de que maneira! Isto porque se legisla - ou dá ordens verbais, já não se percebe bem – contra o que a constituição estipula.
Até os deputados que vão sair da Assembleia para voltar aos seus lugares de origem, públicos ou privados, (na maioria privados – porque isto por cá vai uma promiscuidade!…) -  entenda-se, vão continuar no activo, sabendo a situação em que o País se encontra estão a pedir as subvenções e as pensões com apenas doze anos de permanência na Assembleia – o normal para receber pensão do Estado são 36 anos de serviço. Então, como é? Onde é que eles vão ser atingidos pela CRISE? E só com doze anos. E descontaram para a CGA?
E as nossas pensões? porque estão a diminuir se durante o tempo regulamentar descontámos para elas? Quem nos defraudou nos nossos descontos? Porque nos não dão aquilo a que por lei, e contrato efectuado com o Estado, CGA ou Segurança Social, temos direito e devíamos estar a receber?
Sempre há Portugueses e Portugueses: pelo menos duas classes distintas, não é assim?
E continuam a dizer que quem vai ser mais atingida/quem vai pagar a CRISE é a Função Pública. Mas pelos vistos os senhores deputados, quer os da Assembleia da República quer os deputados europeus, auferem do Orçamento do Estado/impostos de todos nós, como os demais funcionários públicos: onde está a diferença?
Os deputados europeus já toda a gente sabe, não descontam para as reformas chorudas que ficam a receber desde que preencham os períodos estipulados, porque é do Orçamento dos Estados que saem essas reformas. Está mal.
E na Função Pública há os funcionários “verdadeiros” e os “boys” que os partidos “reinantes” lá vão colocando, que não percebem nada do assunto, que estragaram e adulteraram tudo, e que ainda por cima auferem “realíssimos” vencimentos.
Por isso é que o Estado está gordo!
Mas há mais: segue-se, como principal, a falta de honestidade e de responsabilidade na administração dos dinheiros públicos. E outras se podem acrescentar – muitas – mas que no fundo devem a sua existência à que aponto como a principal.
Todos sabem que o Estado só pode satisfazer as necessidades da população se tiver os meios convenientes para isso. Esses meios baseiam-se nos impostos que todos pagamos, pois que sem dinheiro o Estado não pode fazer face às necessidades da população.
Contudo, o que se passa, é que os impostos são elevadíssimos para quem os paga – porque nem todos pagam impostos ou os impostos que deviam pagar – e quem os tem de administrar não o faz com lealdade para com os contribuintes.
E digo, que nem todos pagam impostos porque, exceptuando os Funcionários Públicos - bodes expiatórios de todas as asneiras que nos puseram nesta situação e que não podem fugir-lhes – a maioria dos privados usa de todos os subterfúgios para apresentar contas não fidedignas e que os possam isentar do montante real a que deveriam estar sujeitos.
Para alcançar esse objectivo, a forma mais usada, é, por exemplo, não se entregar factura/recibo aos clientes, nas lojas, nos supermercados, nos restaurantes, nas pequenas e grandes oficinas, nas feiras, nos mercados, nos biscates, no aluguer de casas, etc., etc..
O que é necessário é que compreendamos que vamos ser prejudicados por nossa culpa, também, pois que ao não pedirmos factura/recibo, nem que a compra seja de cêntimos, um, dois ou três euros, estamos a contribuir para que esses passem muito dinheiro “por debaixo do balcão”, como sói dizer-se, e fujam aos impostos.
E pergunta-se: com que base documental é que essa gente apresenta a sua contabilidade às Finanças?
E fiscalização para isto? Não há!
Só para o pequenino, que afinal até cumpre!
Elevar o IVA, ainda vai contribuir para maior fuga aos impostos.
É de caras!
E depois, como procedem os do triunvirato estrangeiro e os nossos governantes?
Diminuem aos patrões a taxa a pagar à Segurança Social (TSU) por cada trabalhador, o que vai prejudicar uma possível e futura reforma a estes. Porque eu não acredito que a subida do IVA vá servir para compensar este desconto, pois não confio já em governantes que sejam honestos ao ponto de “não se esquecerem” de enviar para a Segurança Social a percentagem respeitante a esses trabalhadores; cortam a assistência médica e medicamentosa a toda a gente – aliás já vinha sendo feita sub-repticiamente; diminuem as reformas a quem sempre descontou para elas e dão reformas de miséria a muita gente; contudo, todos os países pertencentes à União Europeia pagam uma cota para a esta, que sai dos bolsos dos contribuintes, e segundo o que corre na “internet” os deputados europeus estão a ter, e virão a ter, reformas milionárias sem nada descontar para elas; há, em Portugal, auto-reformas, reformas acumuladas e sem os correspondentes descontos para a CGA ou Segurança Social e será que essas vão ser devidamente acertadas, alteradas, reconvertidas e diminuídas na proporção das outras? Não acredito!
Portugal está em crise? Não é possível, não! não é verdade!
As festas, os banquetes oficiais, as deslocações para os mais diversos eventos, as mais recentes eleições, a recepção de delegações oficiais estrangeiras, quanto têm custado aos contribuintes? E são os contribuintes que vão pagar a crise sendo prejudicados nos seus direitos e nos seus proventos e os governantes nada fazem para parar estes excessos, se é que estamos em crise?!
NÃO ACEITO!!!
Têm que me repor o que já me roubaram e não pensar sequer em me prejudicarem mais.
TODOS TEMOS O DIREITO À INDIGNAÇÃO EM ESPECIAL QUANDO NOS SENTIMOS VERDADEIRAMENTE E DESCARADAMENTE  ROUBADOS.
As nossa datas comemorativas podem ser assinaladas de uma maneira mais modesta, sem a deslocação de milhares de pessoas com as consequentes despesas de acomodação, e sem banquetes “reais”.
O povo não pode ser espezinhado da maneira como o tem estado a ser depois de declarada a crise e como o prevêm fazer.
Todos têm direito a remuneração condigna, sem subterfúgios; à reforma para a qual descontaram; a habitação salubre; a saúde não comercial; a alimentação; enfim, À VIDA e NÃO à MORTE como se presume que seja o que vai acontecer ao abrigo do programa do FMI, FME e BCE.
Por quantos Países está já repartida a manta que é PORTUGAL????
Não brinquem connosco e não prossigam o erro que já se viu que não deu resultado nos outros Países em iguais circunstâncias! Ouçam aqueles que consideram “Velhos do Restelo” como o Dr. Boaventura Sousa Santos que sabe muito mais que os senhores, que ainda são umas crianças, pouco vividas mas já muito viciadas no que não deviam!



Rosa dos Ventos  


quarta-feira, 25 de maio de 2011



O MUNDO MUDOU?
Parece que muita coisa mudou no Mundo nestes últimos anos!!! 
Mas nem quem o apregoa acredita no que diz, quanto mais os outros!
Ora vejamos: 
- O governo caiu por não haver consenso na Assembleia da República, e ter sido “chumbado”, o célebre “PEC 4”; 
- As trapalhadas e as inverdades de José Sócrates foram tais e tantas, que até leva a crer que alguém, nas suas costas, pediu a interferência de peritos estrangeiros para que pudéssemos ter acesso a crédito, senão o País cairia na bancarrota – isto, porque num dia disse na TV que estava tudo bem e no dia seguinte soube-se que tinha sido pedida a interferência estrangeira neste País Soberano!
- Cairia ou… caiu mesmo na bancarrota?!!!!
- Diz-se que a base de trabalho dessa interferência estrangeira foi o célebre ”PEC 4”, e que, para efeitos de execução, foi agravado;
- Perdemos a independência nacional “por mô” da dependência económica!
- Temos às costas dos Portugueses uma “porrada” de dívidas e respectivos juros para pagar!
- Mas quem são os Portugueses que vão pagar essas dívidas???
Esta pergunta torna-se pertinente, porque quando se está em casa, em frente do pequeno écran da TV, parece que só os do lado de cá é que vão ser os castigados, e que quem se encontra nos estúdios a anunciar a catástrofe porta-se como se nada disso lhe dissesse respeito: jornalistas, políticos, comentadores (alguns comentadores: há que fazer jus às excepções, àqueles que não têm “papas na língua” e falam verdade e explicam todos os porquês da situação para que o povo, em geral, saiba o que se passou, o que se está a passar e quem são os culpados!).
- E por isso, impõe-se que nos seja dito se os cartões de crédito, os falsos subsídios para tudo e mais alguma coisa, a gasolina, os carros de gama alta, os elevadíssimos ordenados e respectivos prémios de nada fazer, as isenções de impostos, a acumulação de pensões milionárias sem os respectivos descontos para a CGA ou Segurança Social, os chorudos subsídios de alimentação (até parece que a barriga deles é diferente da dos comuns dos mortais), etc., etc., à custa do “Zé Pagode”, já acabaram?!!!
Mas já acabaram mesmo????
- Claro que não!!!
- Pensemos em conjunto: nós, os do lado de cá do écran, estamos a pagar as subvenções para a campanha eleitoral dos partidos. Mas o PS, o PSD e o CDS estão a recebê-las indevidamente e a gastar à tripa forra. Desde há muito que andam em campanha e agora, no período oficial, que começou às zero horas de Domingo, dia 22 de Maio, continuam a gastar gasolina, a usar os carros de alta gama e a ter opíparos almoços e jantares, ao longo dos infindáveis milhares de quilómetros que andam a percorrer sem necessidade absolutamente nenhuma: é que nos estúdios de todas as estações de TV as mesas redondas de jornalistas, politólogos (profissão recente), economistas, políticos e não políticos, comentadores de todos os quadrantes profissionais, se têm encarregado de lhes fazer a campanha eleitoral que eles tanto precisam… esquecendo-se (será que se esquecem ou são compelidos a isso?) de que, só na Assembleia da República, existem mais três partidos de que raramente aparecem representantes no pequeno écran; e às eleições, é muito maior  o rol de partidos concorrentes!
Realmente o Mundo Mudou e muito para alguns, para os que não têm culpa nenhuma do que se está a passar e do que já se passou: ninguém nos perguntou se queríamos entrar para a CEE e depois UE; obrigaram-nos a abandonar todos os nossos meios de subsistência; não nos perguntaram se autorizávamos a diminuição da nossa zona marítima; entrámos obrigados para o euro, ou seja, impuseram-nos a mudança sem nos explicarem que isso era meio-caminho-andado para a perda da Independência Nacional; assinaram tratados, em nosso nome, sem fazerem um referendo, e impõem-nos que paguemos todas as asneiras para as quais não contribuímos?
E os culpados, de que maneira vão contribuir para pagar as dívidas que contraíram em nome do País? Não os vejo minimamente preocupados com o assunto. Os sinais exteriores de luxo, de grandeza e de bem-estar, à nossa custa, não se vêem desaparecer.
E as eleições do dia 5 de Junho, vão ser novamente “falsificadas”?
 
POVO do MEU PAÍS – vê bem se não votas em que nos pôs nestas condições, nesta miséria! Tem coragem: muda o voto! A direita não nos interessa. Já vimos de que é capaz. Está no “poleiro” há mais de 20 anos com a capa de esquerda.
Quem vai aguentar a “canga” e o domínio da ALEMANHA dentro de PORTUGAL somos nós, os pequeninos. Eles já têm a vidinha arranjada lá fora com dinheiro nos “offshores”. Por isso, depressa dão o salto e se evaporam.  
Se continuarem no poder, o nosso fado só vai piorar, porque eles vão continuar a fazer mais do mesmo.
Por favor, abram os olhos: o Mundo Mudou para nós, para eles Melhorou e Muito porque o País deles não é PORTUGAL, mas o VIL METAL! (O Dinheiro)

Rosa dos Ventos