quarta-feira, 25 de maio de 2011



O MUNDO MUDOU?
Parece que muita coisa mudou no Mundo nestes últimos anos!!! 
Mas nem quem o apregoa acredita no que diz, quanto mais os outros!
Ora vejamos: 
- O governo caiu por não haver consenso na Assembleia da República, e ter sido “chumbado”, o célebre “PEC 4”; 
- As trapalhadas e as inverdades de José Sócrates foram tais e tantas, que até leva a crer que alguém, nas suas costas, pediu a interferência de peritos estrangeiros para que pudéssemos ter acesso a crédito, senão o País cairia na bancarrota – isto, porque num dia disse na TV que estava tudo bem e no dia seguinte soube-se que tinha sido pedida a interferência estrangeira neste País Soberano!
- Cairia ou… caiu mesmo na bancarrota?!!!!
- Diz-se que a base de trabalho dessa interferência estrangeira foi o célebre ”PEC 4”, e que, para efeitos de execução, foi agravado;
- Perdemos a independência nacional “por mô” da dependência económica!
- Temos às costas dos Portugueses uma “porrada” de dívidas e respectivos juros para pagar!
- Mas quem são os Portugueses que vão pagar essas dívidas???
Esta pergunta torna-se pertinente, porque quando se está em casa, em frente do pequeno écran da TV, parece que só os do lado de cá é que vão ser os castigados, e que quem se encontra nos estúdios a anunciar a catástrofe porta-se como se nada disso lhe dissesse respeito: jornalistas, políticos, comentadores (alguns comentadores: há que fazer jus às excepções, àqueles que não têm “papas na língua” e falam verdade e explicam todos os porquês da situação para que o povo, em geral, saiba o que se passou, o que se está a passar e quem são os culpados!).
- E por isso, impõe-se que nos seja dito se os cartões de crédito, os falsos subsídios para tudo e mais alguma coisa, a gasolina, os carros de gama alta, os elevadíssimos ordenados e respectivos prémios de nada fazer, as isenções de impostos, a acumulação de pensões milionárias sem os respectivos descontos para a CGA ou Segurança Social, os chorudos subsídios de alimentação (até parece que a barriga deles é diferente da dos comuns dos mortais), etc., etc., à custa do “Zé Pagode”, já acabaram?!!!
Mas já acabaram mesmo????
- Claro que não!!!
- Pensemos em conjunto: nós, os do lado de cá do écran, estamos a pagar as subvenções para a campanha eleitoral dos partidos. Mas o PS, o PSD e o CDS estão a recebê-las indevidamente e a gastar à tripa forra. Desde há muito que andam em campanha e agora, no período oficial, que começou às zero horas de Domingo, dia 22 de Maio, continuam a gastar gasolina, a usar os carros de alta gama e a ter opíparos almoços e jantares, ao longo dos infindáveis milhares de quilómetros que andam a percorrer sem necessidade absolutamente nenhuma: é que nos estúdios de todas as estações de TV as mesas redondas de jornalistas, politólogos (profissão recente), economistas, políticos e não políticos, comentadores de todos os quadrantes profissionais, se têm encarregado de lhes fazer a campanha eleitoral que eles tanto precisam… esquecendo-se (será que se esquecem ou são compelidos a isso?) de que, só na Assembleia da República, existem mais três partidos de que raramente aparecem representantes no pequeno écran; e às eleições, é muito maior  o rol de partidos concorrentes!
Realmente o Mundo Mudou e muito para alguns, para os que não têm culpa nenhuma do que se está a passar e do que já se passou: ninguém nos perguntou se queríamos entrar para a CEE e depois UE; obrigaram-nos a abandonar todos os nossos meios de subsistência; não nos perguntaram se autorizávamos a diminuição da nossa zona marítima; entrámos obrigados para o euro, ou seja, impuseram-nos a mudança sem nos explicarem que isso era meio-caminho-andado para a perda da Independência Nacional; assinaram tratados, em nosso nome, sem fazerem um referendo, e impõem-nos que paguemos todas as asneiras para as quais não contribuímos?
E os culpados, de que maneira vão contribuir para pagar as dívidas que contraíram em nome do País? Não os vejo minimamente preocupados com o assunto. Os sinais exteriores de luxo, de grandeza e de bem-estar, à nossa custa, não se vêem desaparecer.
E as eleições do dia 5 de Junho, vão ser novamente “falsificadas”?
 
POVO do MEU PAÍS – vê bem se não votas em que nos pôs nestas condições, nesta miséria! Tem coragem: muda o voto! A direita não nos interessa. Já vimos de que é capaz. Está no “poleiro” há mais de 20 anos com a capa de esquerda.
Quem vai aguentar a “canga” e o domínio da ALEMANHA dentro de PORTUGAL somos nós, os pequeninos. Eles já têm a vidinha arranjada lá fora com dinheiro nos “offshores”. Por isso, depressa dão o salto e se evaporam.  
Se continuarem no poder, o nosso fado só vai piorar, porque eles vão continuar a fazer mais do mesmo.
Por favor, abram os olhos: o Mundo Mudou para nós, para eles Melhorou e Muito porque o País deles não é PORTUGAL, mas o VIL METAL! (O Dinheiro)

Rosa dos Ventos



terça-feira, 3 de maio de 2011

ODIA DA MÃE



Até há poucos anos foi festejado no dia 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição.

Era uma data fixa e toda a gente sabia quando era.

Mas como a mulher continua a ser um ser inferior para o homem, deixaram o dia do Pai a 19 de Março, dia de S. José, e puseram o dia da Mãe flutuante para nunca se saber quando é. A não ser que se veja a publicidade com as respectivas sugestões de prendas.

Acho uma medida triste!…

A Mãe é o melhor que nós temos e só depois de a perdermos é que reconhecemos a falta que nos faz.

Mas quando é que este mundo deixa de ser governado por homens e passa a ser governado por mulheres?

Creio que seria muito melhor!!

Vejam lá os senhores da Igreja Católica – porque acho que isto teve que ver com eles – se voltam a pôr o Dia da Mãe no dia 8 de Dezembro para que seja celebrado com a dignidade que merece e não calhe como este ano em cima do Dia do Trabalhador, o dia 1 de Maio.

Não é que seja indigna a coincidência mas… cada pássaro no seu galho tem muito mais interesse, e como estava, a 8 de Dezembro, as celebrações combinavam muito melhor!...



Rosa dos Ventos


PRIMEIRO DE MAIO DE 2011



Dia do Trabalhador!

O Feriado mais significativo para quem trabalha!  

Significa terem-se alcançado grandes conquistas no que respeita às condições de trabalho e aos horários que eram praticados.

Significa também a existência de Sindicatos para defesa dos direitos dos trabalhadores.

Infelizmente, no nosso País, de gente ainda muito ignorante quanto aos direitos que lhe assiste, temos uma minoria de pessoas sindicalizadas, que, por vezes, quando se vê “apertada” com problemas laborais fica desamparada e sem saber como agir.

As pessoas não se sindicalizam por falta de dinheiro para pagar as cotas, mas, ainda, por MEDO, e por acharem – o que não deixa de ser verdade – que poderão ser prejudicadas se o patrão souber, no sector privado, ou se o serviço disso tiver conhecimento, quando se trata da Função Pública.

E pensar que no dia 26 de Abril de 1974 toda a gente era socialista!!!...

Mas o medo que veio de trás ainda está muito enraizado. E os fascistas, que saíram do País com receio da reacção do Povo, assim que se aperceberam de que tudo não tinha passado de “fogo de vista” voltaram para se vingar: e conseguiram-no! ao ponto de no dia 1 de Maio de 2011, os maiores detentores das chamadas grandes  superfícies - supermercados e hipermercados - terem feito chantagem com os trabalhadores para os obrigar a trabalhar.

E tudo isto porquê?

Por culpa do governo, que em vez de governar o País se aliou ao Capital e ao Mundo Financeiro. E até parece que são estes senhores que ditam as leis!...

Este ano, o 1º. de Maio até coincidiu com um Domingo, e se o governo não tivesse cedido à pretensão e pressão dos senhores do capital para terem os supermercados e os hipermercados abertos ao Domingo, isto não teria acontecido.

O pior ainda é este povo que não há meio de ser unido, não ter procedido como devia para ajudar aqueles trabalhadores, não aparecendo nesses locais, e deixar esses agiotas sem o “dinheirinho” que lhes é tão querido, e iríamos ver se tornavam a repetir a “gracinha” de abrir as lojas neste dia.

Somos um povo egoísta que não pensa em se ajudar e em se unir contra aqueles que o querem prejudicar e tirar-lhe o pão para a boca.

Por isso se ouve a toda a hora: “temos o que merecemos”!

Muitos foram os que apareceram nas manifestações da comemoração da data, que foi ao mesmo tempo uma manifestação de protesto e de luta contra o estado em que o País se encontra - vendido ao estrangeiro - apesar da chuva que ainda caiu nalguns sítios. Mas deviam também ter ido para as portas dos ditos supermercados e hipermercados impedindo que estivessem abertos.

Estes detentores do Capital, andam com falinhas mansas e formaram o movimento Mais Sociedade para enganar os incautos, porque o que eles querem é os bolsos bem recheados e não lhes tira o sono saberem que há milhões de pessoas com fome. Vêm para a TV com um discurso, como que a ensinarem os governantes, e há quem escorregue na “casca de banana” e até ache que eles têm razão. Só o que lhes faltou dizer foi que querem que o pessoal trabalhe para eles de graça e durante 24 horas por dia.

Por isso, Povo do meu País! Abre os olhos! E por muito dura que a vida se torne, não cedas aos senhores do Capital e das Finanças. Não sejas sabujo, tem dignidade e sabe bem quanto vale o teu trabalho! Cumpre com os teus deveres, mas exige os teus direitos como pessoa humana que és e não como “burro de carga” em que eles querem que te tornes!

Que no próximo PRIMEIRO DE MAIO possamos ter melhores notícias e menos convulsões, são os meus e penso que, também, os votos de todos!

LUTEMOS SEMPRE POR AQUILO A QUE TEMOS DIREITO!

O PAÍS NÃO É “A QUINTA” DE NINGUÉM.

PORTUGAL É PARA TODOS OS PORTUGUESES E PARA TODOS AQUELES QUE AQUI QUEREM VIVER E QUE VÊM POR BEM!



Rosa dos Ventos
25 de Abril … SEMPRE !!!!

Este foi o grito geral em 1974.

E acreditámos que seria assim!

Era o fim de 40 anos de Ditadura!

Ditadura que só era sentida por quem passava fome, por ter salários de miséria ou por trabalhar “no campo” em regime sazonal com os agora desejados “contratos verbais”. Se havia trabalho, ganhava-se - mal, é evidente - mas se não havia, comia-se fiado, para se pagar quando voltasse a haver trabalho.

Ditadura, sentida por quem abria a boca contra essa miséria e se viu obrigado/a a viver na clandestinidade ou a passar pelas cadeias do Aljube, Peniche, Caxias, Tarrafal (onde existia a “célebre e denominada «frigideira»”).

Ditadura sentida pelos jornalistas que bem conheceram o “lápis azul” ou pelos artistas, que também tinham a censura sempre “à perna”.



Mas … comemorámos há poucos dias 37 anos de Democracia (vamos a caminho dos 40…) e que sentimos nós ?

Temos a sensação de estarmos novamente à beira de uma Ditadura de direita, pois que as “sementes” do passado infiltraram-se logo em todo o lado com uma máscara de progressismo;

Os partidos de direita da Europa Central também estão a ganhar terreno;

Entrámos para a CE em 1986 e não soubemos governar o dinheiro que de lá veio, que seria para o nosso desenvolvimento e degenerou no nosso empobrecimento;

Estamos na “banca rota” e pela terceira vez, depois do 25 de Abril de1974, sujeitos à intervenção do estrangeiro – agora FMI, FME e BCE – para ver se alguém “ nos (des)ajuda”;

Temos tido exemplos de “repressão/censura” exercida especialmente sobre jornalistas;

Nos serviços públicos e no privado, ninguém se pode manifestar senão vai, respectivamente, para os excedentários ou sofre represálias de outra ordem;

Estamos com 2 milhões de pessoas em situação de pobreza declarada;

Temos mais de seiscentos mil desempregados;

Estamos em risco de aumentar – e muito – o número atrás referido, se o dinheiro faltar para pagar aos pensionistas e à Função Pública, em geral;

E continuam a fazer-se despesas inúteis!!…

E “à pala” de não haver dinheiro, muitas Câmaras escusaram-se a comemorar o 25 de Abril de 2011 (Engraçado! aquelas de que tive conhecimento, são Socialistas!);

Também, com a desculpa de a Assembleia da República estar dissolvida, o PR, que já no ano passado, se tinha manifestado contra a “monotonia” da comemoração do 25 de Abril sempre na Assembleia da República, para não se dizer que ia deixar de comemorar a data, passou as celebrações para o Palácio de Belém. E em vez de serem os partidos a discursar – que são a voz do povo -  convidou os 3 Presidentes anteriores a fazê-lo, juntamente com ele.



Como resultado, houve muito menos gente presente, foi tudo muito mais “em família”, e … para o ano, logo se verá!



E foi para isto que os Capitães de Abril -  alguns que tão mal tratados foram depois - arriscaram a sua vida??!!



É claro, que não somos parvos e todos nós sabemos que o desejo de muita gente é silenciar este dia, como muitos outros, que pertencem a comemorações de datas empolgantes da nossa História.

Aliás, a História do nosso País já quase não conta para os programas escolares e daí a vergonha das entrevistas de rua que por vezes são feitas sobre o significado dos feriados.

E daí, também repisarem, já de há muito, e com ecos do exterior, de que em Portugal há feriados a mais.

Sabe-se, depois, que por outras bandas, ainda há mais ou tantos como cá. Mas aqui é que “habitam” os maiores “malandros e preguiçosos” que não querem trabalhar. E tudo porque temos muitos feriados!

O certo, é que os “malandros e preguiçosos”, quando trabalham cá em firmas estrangeiras ou quando emigram, são considerados os melhores trabalhadores quando comparados com os estrangeiros.

Serão então os feriados os culpados?

Ou será que o problema se encontra na “engrenagem”? Quando esta está bem montada, com ordem, regras, uma hierarquia respeitada – e não com todos a quererem mandar “no mais pequenino” -, com bom exemplo de cima-abaixo, tudo funciona bem. E não é preciso exercer repressão ou pressão para atingir objectivos, nem horários desumanos, esclavagistas.

Temos de saber escolher os nossos governantes para podermos continuar a comemorar as nossas datas festivas, para ter direito ao descanso semanal e anual, para horários de trabalho dignos -  a escravatura há muito que foi abolida em Portugal - e para exigirmos direitos e deveres iguais para todos, sem excepção!!

E VIVA O 25 DE ABRIL!!!



Rosa dos Ventos