sexta-feira, 25 de março de 2011

Turbilhão de Ideias e de Factos

Como apareceu o MUNDO?
Quem criou o MUNDO?
O homem não foi com certeza, pelo menos não conheço teoria nenhuma nesse sentido.
Mas, quem vai destruir o MUNDO?
Quem o criou? Quem nele vive?
O MUNDO é constituído por muitos SERES, e entre estes há a classe dos animais e dos vegetais. De entre os animais ainda consideramos os racionais e os irracionais. E há um  - o racional - que se considera SUPERIOR a tudo e a todos, e que foi apelidado de HOMEM (com H ou com O? O acordo ortográfico agora baralha-nos, pois se as consoantes que se não pronunciam não se escrevem, razão tinha o outro de dizer que o amigo era um OMEM com um O grande). Contudo, é o Homem, que ao longo dos milénios, se tem portado como o mais irracional dos animais, porque , enquanto os irracionais lutam entre si por razões de sobrevivência, o Homem luta para a sua destruição e a dos outros seres vivos. E nesta luta está patente a ganância, o roubo dos bens que a outros pertencem, a destruição de uns homens para que poucos possam ter mais do que já têm.
Sendo racionais, podiam entabular conversações, trocar experiências, trocar produtos, trocar conhecimentos, complementarem-se nas pesquisas científicas e não se servirem, especialmente destas últimas, para se maltratarem, para se matarem, com a ideia – essa, sim, irracional – de que não terá o efeito de ricochete.
Quando se pensava que o desenvolvimento galopante e desenfreado da ciência, no século XX, poderia contribuir para o melhoramento das condições de vida de todos os povos, facilitando-lhes as tarefas diárias, protegendo-os na saúde, alargando-lhes os conhecimentos escolares através das “novas tecnologias”,fazendo com que as pessoas trabalhassem para viver e não vivessem SÓ para trabalhar, eis que tudo se embrulha: o egoísmo feroz, a ganância, o ódio (não se percebe provocado porquê?), se sobrepõem e a vida das pessoas começa como que a regressar, nos países ditos civilizados, ao início da Revolução Industrial – para não recuar mais, porque até me envergonha e me enoja – às dificuldades quanto a habitação, ao trabalho condigno, a boas condições de saúde, de educação/instrução, a uma diminuição das desigualdades, etc..
Voltámos à precariedade em todos os sentidos, ao temor de que nos roubem aquilo – pouco que seja – que conseguimos com muito sacrifício e com a abstinência de uma vida despreocupada do tipo “chapa-ganha-chapa-gasta”, para se poder ter uma velhice mais tranquila e com dignidade.
Pode, mesmo, dizer-se que chegámos a um ponto em que a vida humana não tem valor.
Atacam-se Nações soberanas e independentes e consideram-se revoltosos e traidores os seus habitantes por se defenderem dos intrusos e gananciosos que só querem roubar-lhes os seus produtos naturais.
 Mata-se gente através da guerra e da fome porque se lhes modificam, tecnologicamente, as condições ambientais.
Inverteram-se todos os conceitos!
Revolta-me, sobretudo, que no meu País se queira copiar a América que nunca foi exemplo de jeito para ninguém, especialmente, no campo social; que se apresentem, na TV, programas feitos com crianças americanas da pequena e média burguesia – porque as dos subúrbios como já estão habituadas a ser pobres não interessa - que estão em situação precária e sem de habitação, devido à falta de emprego dos pais, devido ao descalabro financeiro americano que afectou todo o mundo, e não se vá à procura das NOSSAS crianças, que estão passando pelo mesmo, devido ao desvario americano e ao dos nossos governantes, das quais só sabemos que, mesmo nas férias, as escolas e outras organizações, resolveram ter as cantinas abertas para lhes poderem dar, pelo menos, uma refeição diária.
Será que as nossas crianças – aquelas a quem os pais deixarem dar a cara – não se queixarão como as que apareceram no programa “60 Minutos” de Domingo passado, dia 20 de Março de 2011, - foi quando eu o vi - como as americanas, dizendo:
·       quero dormir e não consigo porque tenho fome;
·       não estou a ter resultados na escola porque tenho fome e frio;
·        porque ficámos sem casa, estamos a viver em albergues para os sem abrigo sem condições de espécie alguma;
·       sinto-me culpada pela situação porque, se não existisse, os meus pais não estavam com metade das preocupações e dos problemas que os afligem;
·       não me sinto à-vontade a viver em casa de pessoas que nos acolheram, porque  essas pessoas perderam a sua privacidade, e eu próprio também não sinto privacidade em casa alheia;
·       sinto que cresci depressa demais devido àquilo por que estou a passar;
·       etc., etc..
Tenha-se em conta que muitas pessoas acolheram em suas casas famílias desconhecidas. Passa-se, ou passar-se-ia, o mesmo no NOSSO País???!!!
E agora NÓS:
Nem  sequer  sabemos o que se passa NA NOSSA CASA!!
Ninguém se preocupa em divulgar como estão, realmente, a viver as NOSSAS famílias e suas crianças que caíram na “miséria” ?
É como se entre nós tudo fosse diferente! E será?!
Qual é a sensação de, de um momento para o outro, ficar sem casa, sem os pertences adquiridos aos poucos e com algum sacrifício, sem dinheiro para comer, sem cama para dormir, por causa de alguns – de fora, imagine-se! porque já não somos NÒS que mandamos na NOSSA CASA – que vêm bulir com a nossa vida, ora aumentando ora diminuindo os juros dos empréstimos, como se estivessem a jogar ping-pong?
Qual é a situação dos envergonhados que hão-de aparecer “mortos”sem que ninguém saiba porquê?
Não houve crianças que deixassem de ir à escola por não terem condições para isso? O que é que se passa, especialmente, nas cidades onde não há um bocadinho de terra para cultivar e criar umas galinhas, para se sobreviver, e onde não há dinheiro para pagar a prestação da casa nem o IMI??
Que alguém tenha a coragem de ir à procura da verdade ouvindo as pessoas nessas condições e não andemos a ter notícias através de instituições de caridade.
VER é diferente de ouvir palavras e histórias relatadas por terceiros.
E os mais velhos?
Os que erram pelas ruas, por vezes doentes, por não terem reformas que lhes permitam entrar num lar, nem familiares que queiram saber deles?
E os que se encontram em lares para a terceira idade, como vivem?
Como são tratados?
Como são alimentados?
Como são cuidados em relação à saúde e à higiene?
Como se encontram psicologicamente?
Como ocupam o seu tempo?
A sensação que tenho é a de que muitas vezes é preciso um “empurrãozinho”para que uns entrem para um lar e … quanto aos que já lá estão, é a de que se encontram num “depósito”à espera dos últimos dias.
Isto não é humano!
tanto dinheiro no mundo e ao mesmo tempo tanta fome!
Vêem-se na TV as fotografias dos refugiados em África e da sua miséria humana - pior que os famintos dos campos de concentração nazis - as desigualdades dos agora chamados “países emergentes”, alguns deles bem ricos em recursos naturais.
Temos as imagens das catástrofes, ditas naturais, como terramotos, maremotos, chuvas como não era costume, tufões, - até em regiões onde não eram habituais -  fogos incomensuráveis e difíceis de dominar, desastres de avião e de comboios, tanta coisa ao mesmo tempo e tão invulgar em tempos que já lá vão, que mais parecem obra de humanos que da mãe-natureza, pela sua frequência e quase simultaneidade.
E na Europa? Pretende-se uma terceira guerra mundial? Quem beneficia disso? Porquê pôr mal quem estava assim-assim? Porque se piora em vez de se melhorar?
Querem acabar com o mundo? Se é isso, quem pensa que cá fica? Ou julgam que o que “provocaram” no Japão não vai chegar a quem o fez? O vento espalha tudo, os viajantes trazem “o veneno” consigo que se vai espalhar pelo outros países.
Reparem nas abelhas e nas moscas, por exemplo: andam tão “apalermadas” que as matamos sem que se defendam.
Querem mais centrais atómicas? Para quê? Ainda não viram o resultado?
Clamemos em voz bem alta para que se fechem todas as centrais nucleares na Europa e no Mundo!
Clamemos bem alto para que os ricos sejam muito menos ricos e os pobres passem a ter vida de gente!
Clamemos altíssimo para que os que estavam assim-assim não piorem a sua situação para não ser mais difícil equilibrar a vida de todos!
Clamemos com toda a nossa força para que acabem as ditaduras no Mundo e as Falsas Democracias.
Clamemos tão alto quanto pudermos para que acabem as guerras e o fabrico das armas e que o dinheiro gasto com estas se transforme em comida e trabalho para todos!
Estarei a ser ingénua? Talvez, mas a ESPERANÇA é sempre a última a morrer e tudo pode acontecer, assim os povos o desejem!!





Mapa das Centrais Nucleares no Japão

            










 
Mapa das Centrais Nucleares na Europa

                                              


















Rosa dos Ventos



sábado, 12 de março de 2011












                       
POUCO BARULHO!!

Já chega!
Não sabiam já o que a casa gastava?
Mas que horror! Para quê tanto alarido? Não está tanta gente de acordo? Não finjam….vocês até estão satisfeitos!...
O País já foi “vendido” à Alemanha?!
Nas que admiração?!
Quando a UE começou a crescer, Ela, esfregou as mãos de contente!!!
Ficava-lhe tão barato desta vez: era só tinta e papel!
Todos querem subsídios. Com certeza! Todos têm o direito a “levantar-se”. Agora, “se já estão bem acordados ou não”, isso é outra coisa!
Não os apanhámos com duas guerras mundiais, devastadoras, mas na “minha ratoeira” só consta papel para assinar com caneta e tinta que se veja: baratinho…
Então vamos lá a ver por onde começar: Tratado de Maastricht – não chegou; Tratado de Lisboa… Bom nome, sim senhor! Para aqueles que lá estão agora, a História é letra morta, o que interessa é pompa e circunstância e… euros!
Têm tantos feriados nacionais e religiosos dos quais, a maioria, não sabe o significado, portanto vamos aproveitar a deixa: e que tal o dia 1 de Dezembro para a assinatura do Tratado de Lisboa. A 1 de Dezembro: data da celebração da Independência Nacional do jugo espanhol. Está mesmo a calhar para a perderem novamente. E vão cair que nem uns patinhos!
E assim foi: até a celebraram em público, no palco com um “bater de mãos”, acompanhado de: “conseguimos, pá!”
E , outra partidinha: eles, neste momento, estão com um governo de minoria, mas “o rapaz” é esperto, não se deixa intimidar e governa como se nada disso interessasse. Logo, chamamo-lo cá, porque é mais fácil que os media não consigam saber o que vamos combinar, e passados uns dias, melhor, depois do Presidente da República deles, tomar posse, onde deve ir fazer um discurso para lhe mostrar que desta vez ele não vai poder brincar tanto como até aqui, ajudamo-lo a tomar uma posição, mais parecida com uma “vingançazinha” para quem o quer meter na ordem, e ele vai trazer-nos um PEC 4 com as imposições mais gravosas possíveis para os Portugueses, sem avisar ninguém, passando por cima das atribuições da Assembleia da República, tirando o tapete ao adversário e deixando o PR sem margem de manobra e sem saber como desfazer um acto consumado.
E logo a 11 de Março! Outra data portuguesa!
E… ironia das ironias: este PEC não nacionaliza os bancos. Vinga-se do povo em favor do qual, nessa data, os bancos foram nacionalizados!
Pois é! A direita tem muita paciência!... Até parece a paciência chinesa, para saber esperar a altura própria para atacar!
E agora?!
- Vai sair da cartola do Luís de Matos um coelhito armado em D. João IV?
- Isto vai envolver-se tudo à batatada como alguns já sugeriram: - “temos, mas é que copiar, os Países do Norte de África”
- Vai surgir do nada um “ditador salazarengo”?!
- Vai aparecer um salvador com ideias democráticas sérias e que consiga varrer toda esta roubalheira sem olhar a quem e ao que esse quem faz, ou é, ou representa?
- Haverá alguém, com coragem de limpar a porcaria e de fazer de Robin dos Bosques?
Mas parem com o barulho!
 Não se armem em arautos do futuro!
Não se deitem a adivinhar os que os outros não querem dizer!
Não baralhem mais a cabeça dos desgraçados que tudo pagam e que para nada contribuíram!
Não contribuam para mais suicídios ou homicídios!
Sim porque estas situações de desespero a isso conduzem na maioria dos casos!
Não se esqueçam que quem agora faz tanto barulho e tenta adivinhar o futuro baralhando os outros, também vai ser atingido!
Tenho visto muita gente a criticar atitudes alheias, especialmente quando fazem greves, e passado pouco tempo também esses “críticos” começam a fazer greve!
É bom que as forças de segurança se capacitem de que servem para proteger a população e não para a atingir quando esta se manifesta nas ruas por “pão, saúde, educação”, porque este “cancro” do País também os atinge. Porque também vão passar fome, também vão perder a casa que estão a pagar; logo não se “atirem”àqueles que também por eles se estão a manifestar!

Rosa dos Ventos

quarta-feira, 9 de março de 2011

Que futuro para os jovens deste País???
Estamos num beco sem saída!
Todos os dias se ouve nas notícias que a dívida de Portugal ao estrangeiro é cada vez maior; que a nossa independência política “já era”; que quem dá ordens agora é a Srª. Merkel/Alemanha, etc., etc.

Ora, de acordo com a nossa Constituição pós-25 de Abril de 1974, todos têm direito:
·        a uma  vida digna
·        a habitação condigna,
·        a educação/instrução
·        a trabalho,
·        a salário digno,
·        à saúde,
·        a reforma,
·        a protecção na velhice.

E quem tem de ser o garante destes nossos direitos é o Estado, constituído pelos governantes, saídos dos partidos que compõem a Assembleia da República e que são eleitos pelo povo.

Mas para resolver o problema dessa dívida, contraída pelo governo, face à má aplicação dos dinheiros públicos, a que o povo é completamente alheio, o mesmo governo achou por bem, à boa maneira portuguesa, pagarem-na os não culpados, os mais fracos, em vez de ir à raiz do mal.
Para ajudar a este “desastre” juntou-se o descalabro económico-financeiro resultante da globalização que veio afectar os países “descuidados” como Portugal.

Como consequência disto, começámos a ver:
·   as fábricas a fechar porque o “Capital” foi procurar melhores e maiores lucros fáceis nos países que não têm os direitos que Portugal tem consignados na Constituição para protecção dos seus cidadãos; 
·   trabalhadores desempregados, sujeitos ao subsídio de desemprego, para o qual descontaram, mas que não lhes garante condições idênticas às de um salário condigno;
·   famílias sem hipóteses de satisfazerem os seus compromissos para com a Banca perante a qual se empenharam na busca de uma “vidinha melhor “– que a todos é devida!!;
·   o crescendo inusitado dos pedidos de passagem à reforma quer na Função Pública – que parece ser o inimigo número um do governo – quer no privado, que foram sobrecarregar o erário público, embora sejam fruto dos descontos efectuados pelos próprios  beneficiários e os quais deveriam estar a salvo de possíveis desvios;
·   os cortes nos subsídios aos estudantes de todos os graus de ensino e nos serviços sociais de apoio a crianças e a idosos;
·   “cambalhotas” no Serviço Nacional de Saúde (SNS) no intuito de poupar dinheiro, retirando direitos ao povo, e provocando maior número de mortes face às deficiências na prestação dos cuidados de saúde;
·   os cortes nos subsídios aos preços dos medicamentos;
·   o aumento do preço dos combustíveis – a que infelizmente as convulsões internacionais estão a ajudar “á festa” – e que influencia o aumento de tudo aquilo de que precisamos para viver, incluindo a alimentação;
·   etc., etc.

Primeiros resultados:
·   à pressa se tiveram de formar grupos de voluntários com a colaboração das igrejas e daqueles que ainda podem alguma coisa – mas cá os de baixo, porque quem pode mesmo só procura lucros cada vez maiores – para começar a dar, pelo menos, uma refeição por dia, a famílias que já passam fome;
·   os jovens não vêem futuro senão nalguns – muito poucos - trabalhitos muito mal pagos e a recibos verdes, por pouco tempo, sem regalias, nem sequer para uma futura reforma; gastaram dinheiro e tempo a estudar e agora têm um papel na mão que diz que são licenciados, mestres ou doutores, mas trabalho? nada; talvez no estrangeiro, mas só para alguns…porque lá fora há problemas idênticos;

Resultados gravosos:

Muita da chamada “gente bem” e também aqueles de quem fala José Cutileiro no seu livro/tese de doutoramento intitulado “Ricos e Pobres no Alentejo”, que depois do 25 de Abril conseguiram melhorar as suas condições de vida e cujos filhos e netos, hoje, já muitos, estavam inseridos na chamada classe média baixa ou classe média com alguns à-vontades económicos, estão a ver-se na necessidade de pedir ajuda, especialmente se têm filhos para alimentar. E será que são capazes de ir dar a cara para pedir essa ajuda? Há quem “por portas e travessas” o faça por ter dependentes que dela necessitam absolutamente. Mas muitos há que não são capazes e que, se não têm crianças e jovens deles dependentes, especialmente as pessoas mais idosas, não se mexem. É uma humilhação ter de estender a mão à caridade quando se têm direitos inerentes à vida humana  que estão, como acima refiro, consignados na nossa Constituição, mas que não estão a ser cumpridos. Estas pessoas são credoras desses direitos que lhes estão a ser negados. Muitos deles “desaparecem” sem se saber porquê e como.
Há poucos dias soube-se de uma senhora que foi encontrada morta em casa, ressequida pelo tempo, pois pelas contas de uma vizinha deve ter falecido há nove anos sem que “ninguém se incomodasse”, pois toda a ajuda que essa vizinha pediu para saber o que se passava, foi-lhe negada. Só foi encontrada quando passou à situação de “número” por falta de pagamento de impostos.
E… caso “engraçado”: começou “a caça” aos idosos que viviam sozinhos, para disfarçar a realidade e fingir que estava a haver por parte dos responsáveis o cumprimento dos seus deveres.
E os culpados disso, importam-se com o que se está a passar??   NÃO.
Será de aplicar o ditado “Não peças a quem pediu e não sirvas a quem serviu”??
No caso de alguns, até talvez seja certo aplicá-lo. Não se pode, evidentemente generalizar, porque há muito boa gente – as excepções à regra - que “subiu a pulso” - como soi dizer-se – e que é gente que não esquece as origens e procura ajudar aqueles de onde veio.

Passou a ser voz comum dizer “que o mundo mudou” e que a nossa vida não pode ser “a de uma pessoa acomodada com emprego para toda a vida”. Mas os que tiveram o tal “emprego para toda a vida” e que a partir de uma certa altura passaram a ter direito a uma pensão,  porque para isso fizeram os seus descontos, são os que agora ainda estão – sabe-se lá até quando os governantes lhe garantirão essa pensão???!!! - a aguentar muitos dos “passageiros deste barco à deriva” que não têm direitos a coisa nenhuma, pois não encontram trabalho/emprego para se sustentar, não têm hipótese de formar uma família, para sair de casa dos pais, - alguns já na casa dos trinta anos para cima – e que será destes jovens adultos e dos adultos que estão desempregados e com filhos, que não vêem trabalho nem futuro, andam de curso em curso das Novas Oportunidades – elas é que não aparecem!!! – quando não tiverem mais quem os ajude, quando não tiverem saúde ou quando já forem idosos e não tiverem descontado para uma reforma que lhes possa garantir uma velhice com, pelo menos, um pão por dia para enganar a fome? Voltarão a “subir ao monte” acompanhados de uma manta para se embrulharem, levados pelos filhos, à espera da morte, como nos relata a Bíblia?
Depois de um século XX, tão rico em descobertas científicas, em descobertas tecnológicas, em grandes passos dados que – parecia… - poderiam contribuir para o bem-estar das comunidades, em especial das do mundo ocidental, e que com “cabeça” tinham obrigação de ser estendidas a muitos outros povos mais “atrasados”, embora ricos em matérias primas, dá-se o “boom” de que “o mundo mudou” e verifica-se que aqueles que apregoam que o “mundo mudou” estão cada vez mais ricos, e os que se estavam orientando na vida com o “objectivo” de atingir uma igualização de oportunidades e de nível de vida, vêem-se de um momento para o outro, e sem o esperarem nem o imaginarem sequer, no vazio, no zero, sem nada, sem “objectivo”, a planar no vácuo de uma vida derretida, desfeita, sem serem capazes de pensar, de raciocinar, de darem a volta por cima e… pasme-se! há quem se “espante” com o aumento súbito do consumo de anti-depressivos. Será que não se consegue perceber que uma família, que, de repente, fica sem emprego, com uma casa para acabar de pagar  - e um senhor lá na UE (ou onde quer que é) a brincar com as taxas de juro que ora baixa, ora levanta - com filhos a estudar – até porque estudar/ou andar, pelo menos, na escola, de livros debaixo do braço, é obrigatório – e a ter que os alimentar, vestir, calçar, etc., entra imediatamente “em parafuso” com uma situação destas?
Mas que estou eu para aqui a dizer?!!! Não estarei eu farta de saber que “neste País à beira-mar plantado” só se sabe bem como são as coisas quando se passa por elas? Pois, assim, é normalíssimo, que quem não passar pelas situações, não pode perceber porque é que isto ou aquilo acontece! Mas, pelo menos, temos que ter a intuição necessária para nos imaginarmos/metermos, por uns segundos, na “pele” dessas pessoas para as podermos compreender e não nos admirarmos dos resultados subsequentes!!!!

Valha-nos, por favor, quem tem a responsabilidade perante o que está a acontecer!
E que dê um modo de vida digna a todos aqueles que dele carecem, o reponha àqueles que por ele já estavam lutando e não prejudique mais os que estão tentando aguentar-se!


Rosa dos Ventos

terça-feira, 8 de março de 2011


8 DE MARÇO

8 DE MARÇO    -   DIA DA MULHER!
Conseguimos!
Conseguimos emancipar-nos!
As “manias” masculinas é que ainda não desapareceram. Continuam a pensar que são os “maiores”.
Puseram no “papel”, que “a trabalho igual, salário igual”, mas não se cumpre: e porquê? Porque ainda são os homens que detêm grande parte dos lugares-chave do “mando”, embora as estatísticas (será de acreditar nas portuguesas?) “rezem” que há cerca de dois terços da população, mulheres, com qualificação superior em relação à população masculina.
Mas não importa. A  MULHER é “extensível”: além de dona de casa (lava a roupa, passa a ferro, limpa o pó, lava o chão, aspira, faz a comida, lava a louça, cuida dos filhos), é mulher para o homem, é mãe, é professora de todos os níveis de ensino, é advogada, é juíza, é embaixadora, é médica, é arquitecta, é engenheira, é militar nos três ramos das forças armadas, é polícia, é guarda, é segurança, é pedreira, é trabalhadora agrícola, está em todos os campos da arte e da cultura, etc., e também já chegou a todos os degraus da política.
E, enquanto só o homem trabalhou fora de casa e a mulher só se ocupava dos afazeres do lar (quer fosse casada ou solteira), estando submissa e dependente economicamente do homem, (excepção feita às da classe mais baixa que trabalhavam no campo ao lado do homem ou eram “criadas” nas casas ricas e remediadas), a mulher suportava tudo, calada. Suportava as ausências do homem ou o seu isolamento para melhor se expressar nas artes ou na escrita, ou acompanhava-o para onde a sua vida profissional o obrigava a deslocar-se, sem ter direito a opinar fosse o que fosse.
Mas… e HOJE?
Hoje, dá vontade de rir: o homem não consegue “encaixar” a dedicação da mulher ao seu trabalho. Não consegue compreendê-la, ajudá-la, acompanhá-la.
Resultado:
·   ou a mulher retarda a sua decisão de casar ou de ter filhos,
·   ou opta por não casar,
·   ou se casa, e tem ou não filhos, o seu casamento não vai além de, mais ou menos, os cinco anos.
Conclusão:
·   QUEM PRECISA DE SE EMANCIPAR É O HOMEM, PARA PODER PERCEBER QUE A MULHER TEM OS MESMOS DIREITOS.
·   A NÃO EMANCIPAÇÃO DO HOMEM, SÓ PODE DAR COMO RESULTADO UMA VIDA A DOIS/UM, ONDE CADA UM HABITA NA SUA CASA.
·   QUANDO POR ACASO APARECEM FILHOS, ESTES PASSAM A SER BOLAS DE PING-PONG: UMAS VEZES COM O PAI OUTRAS VEZES COM A MÃE.
·   O terceiro ponto já acontece, porque, por exemplo, no nosso País, para que as pessoas possam trabalhar, têm que se sujeitar às “separações” impostas governamentalmente, onde, em certas profissões, a mulher trabalha em Faro e o marido em Vila Real.

Dá para perceber?!!!

Mas pelo menos no dia de hoje VIVAM AS MULHERES!

Rosa dos Ventos