terça-feira, 28 de junho de 2011

Novo Governo

                   Primeiras impressões

Não me parece que os portugueses sejam capazes de ser tão aguerridos e tão patriotas como os gregos e que venham para a rua reivindicar não só a PÁTRIA como aquilo que lhes foi roubado por aqueles que vão continuar impunes.
O melhor do País vai ser vendido – com certeza a estrangeiros!
Obrigada Srª. Merkel pela brincadeira!!! Já conseguiu, indirectamente, pôr os Países a ferro-e-fogo.
E ficamos com o quê? A miséria, a ausência de trabalho/emprego, a falta de casa, o vasculhar da nossa vida privada até acharem (quem?!) que há ou não direito a algum subsídio ou a ser tratado no hospital.
E o programa do governo volta à “vaca fria” no que respeita ao testamento vital. Será que a intenção é ilibar os médicos/governo de possíveis responsabilidades ou verdadeiramente assegurar “uma morte digna” a um doente em estado terminal?!!
Nós não somos um País Democrático: tudo isto tem sido uma grande fantochada. Logo, uma medida destas é própria de uma sociedade que sabe muito bem o que quer, de uma sociedade democrática e instruída e que sabe o que significa um testamento vital.
Mas nem será certamente necessário: os doentes já estão a morrer sem assistência há muitos anos com as várias alterações e dificuldades em obter socorro em tempo útil.
Que se cuidem os Presidentes de Câmaras, pois vão ter que aumentar, e muito, os cemitérios.
Muitas famílias da anterior classe média alta e baixa, não vão ser capazes de aguentar a pressão da fome, da vergonha da situação, não vão permitir o vasculhar da sua vida privada, e vão solucionar o problema: assassínio em série da família com o suicídio final do autor da atrocidade/vergonha social.
Rosa dos Ventos

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Portugal e a CRISE!!!

Portugal pediu, em 6 de Abril  de 2011, ajuda ao FMI, FME e BCE por causa das dívidas que os sucessivos governos vêm acumulando desde há cerca de 25 anos. Sócrates e seus comparsas tiveram a habilidade de a duplicar em seis anos e alguns meses de governação desses 25 atrás referidos.
E quem está por detrás destas organizações internacionais são os principais bancos alemães e franceses, que, tudo leva a crer se hão-de julgar já donos de Portugal, da Grécia e da Irlanda.
Dedução implícita: Portugal está na mão de credores estrangeiros.
Logo, a nossa soberania política, financeira e económica, foi-se!.....
Perdemos a Independência Nacional?
Respondam, por favor!
Espero que as “cabecinhas” que estão agora para “entrar ao serviço”, pensem mais no País e na sua História – que é coisa que anda muito arredia deles – do que nos seus próprios “bolsos” e nos consigam livrar desta vergonha.
Mas quem “rouba” para comer e é apanhada pelas câmaras de videovigilância dos supermercados vai a tribunal, não é?
E que vai acontecer a quem provocou tudo isto? Nada?! Fica-se a rir?! Foge com as mãos cheias?!
Os bancos e os privados apregoam a todos os cantos que o Estado tem de “emagrecer”, mas não deixam de se “pendurar no Estado” a toda a hora pedindo subsídios para tudo e mais alguma coisa em vez de procederem como legítimas empresas privadas que se “alimentam” dos seus próprios lucros para investir nos negócios que abriram e vão abrindo. Ao contrário do que é próprio numa empresa privada, dividem os milhões de lucros que têm obtido pelos accionistas e não repõem os subsídios que o Estado lhes facultou. E pior: dividem os lucros em tempo e modo de poderem fugir aos impostos que têm que pagar ao Estado. Mas a eles as Finanças não lhes “deitam a mão” como o têm feito às pequenas e médias empresas que estão “afogadas” por serem credoras do Estado!
Para agravarem mais a “situação deles” e do Estado, deixaram de ter as “reservas matemáticas”, obrigatórias por lei, para se poderem precaver de situações adversas que tenham que enfrentar, especialmente assegurando com elas os salários dos seus trabalhadores e, no caso dos bancos, também os depósitos dos seus depositantes.
Anda tudo de cabeça para baixo e os pés para o ar, não anda? Ou sou eu que já pertenço aos “velhos do Restelo”?!
Desde há muitos anos que os políticos perderam a noção de que, como governantes, têm que governar o País e regular o seu funcionamento separando as águas: uma coisa é o que é público, e que tem que ser igual para todos, e outra coisa são as empresas privadas. Estas, também, reguladas pelo Estado mas não participadas pelo Estado.
E além disso, todas as riquezas/recursos naturais do País são de todo o povo e é o Estado, através dos seus governantes eleitos pelo povo, (pois estamos em Democracia – ou esqueceram-se disso e nós só servirmos para “fingir” que votamos?) que toma conta delas e as explora e as coordena em proveito da comunidade.
Logo não tem que haver privatizações daquilo e daquelas empresas que prestam serviços públicos, pois não é isso que faz a Alemanha, e a França, e a Inglaterra, e a Áustria, e, etc., etc..
Dizem que tudo vai começar a ser muito difícil para os Portugueses. Mas quem são esses portugueses de quem falam os políticos, os comentadores políticos, os jornalistas de todos os quadrantes, especialmente da TV, e em todos os canais, quer estatais quer privados?! Pois que, olhando para a fisionomia das ditas personagens, tudo nelas indica que não estão minimamente preocupadas com o assunto e que não vão ser afectadas!… Eles falam de outros Portugueses e... eles são o quê? Nacionais dos Offshores?!
Expliquem-nos, por favor. Por mim tenho estado a ver os meus rendimentos e benefícios a que pela Constituição Portuguesa tenho direito, atingidos, e de que maneira! Isto porque se legisla - ou dá ordens verbais, já não se percebe bem – contra o que a constituição estipula.
Até os deputados que vão sair da Assembleia para voltar aos seus lugares de origem, públicos ou privados, (na maioria privados – porque isto por cá vai uma promiscuidade!…) -  entenda-se, vão continuar no activo, sabendo a situação em que o País se encontra estão a pedir as subvenções e as pensões com apenas doze anos de permanência na Assembleia – o normal para receber pensão do Estado são 36 anos de serviço. Então, como é? Onde é que eles vão ser atingidos pela CRISE? E só com doze anos. E descontaram para a CGA?
E as nossas pensões? porque estão a diminuir se durante o tempo regulamentar descontámos para elas? Quem nos defraudou nos nossos descontos? Porque nos não dão aquilo a que por lei, e contrato efectuado com o Estado, CGA ou Segurança Social, temos direito e devíamos estar a receber?
Sempre há Portugueses e Portugueses: pelo menos duas classes distintas, não é assim?
E continuam a dizer que quem vai ser mais atingida/quem vai pagar a CRISE é a Função Pública. Mas pelos vistos os senhores deputados, quer os da Assembleia da República quer os deputados europeus, auferem do Orçamento do Estado/impostos de todos nós, como os demais funcionários públicos: onde está a diferença?
Os deputados europeus já toda a gente sabe, não descontam para as reformas chorudas que ficam a receber desde que preencham os períodos estipulados, porque é do Orçamento dos Estados que saem essas reformas. Está mal.
E na Função Pública há os funcionários “verdadeiros” e os “boys” que os partidos “reinantes” lá vão colocando, que não percebem nada do assunto, que estragaram e adulteraram tudo, e que ainda por cima auferem “realíssimos” vencimentos.
Por isso é que o Estado está gordo!
Mas há mais: segue-se, como principal, a falta de honestidade e de responsabilidade na administração dos dinheiros públicos. E outras se podem acrescentar – muitas – mas que no fundo devem a sua existência à que aponto como a principal.
Todos sabem que o Estado só pode satisfazer as necessidades da população se tiver os meios convenientes para isso. Esses meios baseiam-se nos impostos que todos pagamos, pois que sem dinheiro o Estado não pode fazer face às necessidades da população.
Contudo, o que se passa, é que os impostos são elevadíssimos para quem os paga – porque nem todos pagam impostos ou os impostos que deviam pagar – e quem os tem de administrar não o faz com lealdade para com os contribuintes.
E digo, que nem todos pagam impostos porque, exceptuando os Funcionários Públicos - bodes expiatórios de todas as asneiras que nos puseram nesta situação e que não podem fugir-lhes – a maioria dos privados usa de todos os subterfúgios para apresentar contas não fidedignas e que os possam isentar do montante real a que deveriam estar sujeitos.
Para alcançar esse objectivo, a forma mais usada, é, por exemplo, não se entregar factura/recibo aos clientes, nas lojas, nos supermercados, nos restaurantes, nas pequenas e grandes oficinas, nas feiras, nos mercados, nos biscates, no aluguer de casas, etc., etc..
O que é necessário é que compreendamos que vamos ser prejudicados por nossa culpa, também, pois que ao não pedirmos factura/recibo, nem que a compra seja de cêntimos, um, dois ou três euros, estamos a contribuir para que esses passem muito dinheiro “por debaixo do balcão”, como sói dizer-se, e fujam aos impostos.
E pergunta-se: com que base documental é que essa gente apresenta a sua contabilidade às Finanças?
E fiscalização para isto? Não há!
Só para o pequenino, que afinal até cumpre!
Elevar o IVA, ainda vai contribuir para maior fuga aos impostos.
É de caras!
E depois, como procedem os do triunvirato estrangeiro e os nossos governantes?
Diminuem aos patrões a taxa a pagar à Segurança Social (TSU) por cada trabalhador, o que vai prejudicar uma possível e futura reforma a estes. Porque eu não acredito que a subida do IVA vá servir para compensar este desconto, pois não confio já em governantes que sejam honestos ao ponto de “não se esquecerem” de enviar para a Segurança Social a percentagem respeitante a esses trabalhadores; cortam a assistência médica e medicamentosa a toda a gente – aliás já vinha sendo feita sub-repticiamente; diminuem as reformas a quem sempre descontou para elas e dão reformas de miséria a muita gente; contudo, todos os países pertencentes à União Europeia pagam uma cota para a esta, que sai dos bolsos dos contribuintes, e segundo o que corre na “internet” os deputados europeus estão a ter, e virão a ter, reformas milionárias sem nada descontar para elas; há, em Portugal, auto-reformas, reformas acumuladas e sem os correspondentes descontos para a CGA ou Segurança Social e será que essas vão ser devidamente acertadas, alteradas, reconvertidas e diminuídas na proporção das outras? Não acredito!
Portugal está em crise? Não é possível, não! não é verdade!
As festas, os banquetes oficiais, as deslocações para os mais diversos eventos, as mais recentes eleições, a recepção de delegações oficiais estrangeiras, quanto têm custado aos contribuintes? E são os contribuintes que vão pagar a crise sendo prejudicados nos seus direitos e nos seus proventos e os governantes nada fazem para parar estes excessos, se é que estamos em crise?!
NÃO ACEITO!!!
Têm que me repor o que já me roubaram e não pensar sequer em me prejudicarem mais.
TODOS TEMOS O DIREITO À INDIGNAÇÃO EM ESPECIAL QUANDO NOS SENTIMOS VERDADEIRAMENTE E DESCARADAMENTE  ROUBADOS.
As nossa datas comemorativas podem ser assinaladas de uma maneira mais modesta, sem a deslocação de milhares de pessoas com as consequentes despesas de acomodação, e sem banquetes “reais”.
O povo não pode ser espezinhado da maneira como o tem estado a ser depois de declarada a crise e como o prevêm fazer.
Todos têm direito a remuneração condigna, sem subterfúgios; à reforma para a qual descontaram; a habitação salubre; a saúde não comercial; a alimentação; enfim, À VIDA e NÃO à MORTE como se presume que seja o que vai acontecer ao abrigo do programa do FMI, FME e BCE.
Por quantos Países está já repartida a manta que é PORTUGAL????
Não brinquem connosco e não prossigam o erro que já se viu que não deu resultado nos outros Países em iguais circunstâncias! Ouçam aqueles que consideram “Velhos do Restelo” como o Dr. Boaventura Sousa Santos que sabe muito mais que os senhores, que ainda são umas crianças, pouco vividas mas já muito viciadas no que não deviam!



Rosa dos Ventos