PERDEMOS A NOSSA INDEPENDÊNCIA ???? !!!!       

Quem são os culpados?

Não há dinheiro para salários?

Quem são os culpados?

Quem já fez as contas, chegou à conclusão de que o PR ganhou as eleições só com um milhão de votos. Se há, mais ou menos, cinco a seis milhões de votantes – até talvez um pouco mais – mesmo com uma abstenção de cinquenta por cento e com a “bronca” que deu o cartão de cidadão, o que foi feito dos votos dos outros eleitores?

Podemos confiar nos resultados das eleições, das próximas-passadas, e das que estão para vir????

Quem nos garante que as mesmas não são só uma fachada?

Se o voto é uma manifestação de cidadania porque não o há-de continuar a ser, também, a contribuição dos cidadãos para irem para as mesas eleitorais e colaborarem nessas tarefas? Porque hão-de ser pagas as pessoas que as vão desempenhar? Porque há-de haver agora “FUNCIONÁRIOS” das mesas eleitorais?

Sobretudo, eram uns bons milhões de euros que se poupavam!!!  E em tempo de crise….

Até era bom que todos fossem colaborando, à vez, como eu já colaborei (de graça, é claro!) para poderem saber como é, terem oportunidade de se começarem a pôr em dia com as leis do País e tomarem consciência do que é a política, para que serve, e como deve ser feita e servida. Sim, porque a política não pode continuar a ser uma “profissão” para “BOYS” dos partidos.

Houve, e continua a haver, a ideia de que ser médico é uma boa maneira de se ganhar muito dinheiro. Mas agora, ser político, é que dá dinheiro, oh! se dá!!

Mas quem assim pensa nunca é nem bom médico, nem bom político. NEM BOM NADA.

Ou se vai para as coisas por gosto – e nestes dois casos, direi mesmo, gosto de servir os outros – ou  é melhor estar quieto.

Depois deste intróito vamos ao assunto do dia:

JÁ PERDEMOS A NOSSA INDEPENDÊNCIA POLÍTICA? 

POR VIA DA INDEPENDÊNCIA ECONÓMICA?

Quem nos meteu na União Europeia auscultou os portugueses ou explicou-lhes as implicações dessa adesão?

Não dei por nada! Mas dei pelo fausto da assinatura. Mas não fui convidada para a festa. E agora? Ninguém sente remorsos? Quem tirou proveitos desse acto?

Quando caiu o muro de Berlim, quando a Alemanha começou com dificuldades em aglutinar a parte Oriental, e começou a alargar a CE a todos os Países que abandonaram o sistema socialista/comunista, transformando a CE na actual UE, tive um mau pressentimento: vi aqui a oportunidade da Alemanha conquistar a Europa com simples assinaturas de papéis, coisa que não tinha conseguido com duas guerras mundiais, no século XX. E será que vai conseguir?

E o que se perspectiva agora depois da “brincadeira” do Sr. Trichet andar a subir e a descer os juros a seu bel-prazer, prejudicando e arruinando,  em especial, quem tinha comprado casa para não viver numa barraca – ou será que as pessoas não podem ambicionar ter uma vida decente, sem ser de luxo, como de certeza é a dele?

Estamos perante a ruína do sector público e do sector privado no nosso País?

Especialmente, nestes dois últimos dias, uns dizem que vem desde o 25 de Abril – mas quem são esses? -, outros dizem que desde os últimos vinte anos, que a nossa economia se vem a degradar cada vez mais com as más políticas que têm sido seguidas. E, assim, vamos dar ao “reinado” de Cavaco Silva como PM: acabou com a nossa frota pesqueira, acabou com a agricultura, acabou com as indústrias naval e siderúrgica, acabou com a indústria conserveira, etc., etc., e “plantou” betão – fez auto-estradas - e abandonou a rede ferroviária. Desenvolveu-se, então, o transporte de mercadorias através da rede rodoviária, aumentando assim a poluição e os acidentes de viação.

E os que se lhe seguiram, continuaram: António Guterres acabou a Barragem de Alqueva – como lhe chamam – obra gigantesca, o maior lago artificial da Europa, que seria para o regadio dos campos alentejanos, para se poder diversificar as culturas, para o aproveitamento de energia eléctrica e também para turismo . Mas, do lado de Portugal ninguém pode fazer nada senão é multado, do lado de Espanha fazem o que muito bem querem!

E o dinheiro (eram não sei quantos milhões por hora) que nessa altura entrou em Portugal vindo da UE, para onde foi? Só para o betão e para os subsídios, para que se abandonasse a agricultura e as pescas, etc.?

E os outros governos de PS e PSD que a seguir vieram o que fizeram? Melhor: o que não fizeram?

E quem alterou as regras do jogo e deixou de separar o que é Estado do que é Privado? Quem misturou tudo isto no mesmo caldeirão com a ideia de acabar com o Estado e tornar o País numa “Quinta Privada”? E quem seria o “Dono” da Quinta?! E quem engordou o Estado inventando Organismos, Institutos, Fundações para isto e para aquilo, Empresas Públicas e Público-Privadas? E quem inventou que era melhor o Estado contratar serviços a empresas privadas – como por exemplo o de limpeza dos espaços de trabalho dos edifícios públicos – em vez de ter, como tinha, funcionários do quadro para o fazerem? – o que aliás ficava três a quatro vezes mais barato!!!!

Afinal, quem gastou o dinheiro que veio da UE e que não era a fundo perdido? Não sabiam que tinha que ser pago?

A seguir ao “betão” vieram as “novas tecnologias”. Foram bem utilizadas? NÃO.

E agora que não temos dinheiro para comprar lá fora o que comemos, vamos comer betão e novas tecnologias: computadores, ratos, teclados, ships do cartão de cidadão e das matrículas de carros? Sim, porque o dinheiro que o FMI nos irá emprestar – será que empresta? – vai ser exclusivamente para pagar juros de juros das dívidas que se foram contraindo, e a que juros!.... Estão nitidamente a gozar connosco!!…

E sabem que mais? Todos os países pagam uma quota para a UE, mas os deputados europeus, ao que corre por aí, recebem ordenados e subsídios - muitos - e ficam com direito a pensão  com apenas quinze anos de serviço, sem descontarem um simples cêntimo para isso. Porquê? Porque essas pensões saem dos bolsos de todos nós. Nós, infelizes portugueses, precisamos (precisávamos) de trinta e seis anos de serviço com descontos, e as pensões não são nada semelhantes, melhor, correspondentes aos ordenados do activo que já de si eram três a quatro vezes mais baixos que os dos outros países europeus de quem querem que copiemos muitas coisas mas sem que as condições no resto dos sectores sejam sequer parecidas. Além disso desde o tempo de Manuela Ferreira Leite que passaram a descontar nas pensões da Função Pública, logo à cabeça, dez por cento daquilo que se devia receber. Só nos têm roubado!.... E agora tem sido todos os anos mais um bocadinho que tiram. Se assim continuarmos dentro de pouco tempo não se recebe nada. Pelo menos para os que eram funcionários do quadro.

E… ironia das ironias: perante a grave, gravíssima situação que atravessamos, vem o PR, que por sinal é a mesma pessoa que foi o PM de há vinte anos, dizer que nos temos de voltar para o mar, para as pescas, para a agricultura, para a indústria, etc., etc..

E não é que as pessoas mudam?!!!  E é que mudam mesmo!

Só que em tempos chamaram a estas ideias/conselhos a “cassette riscada do PCP/Dr. Álvaro Cunhal”. Afinal ele tinha razão. E eu não tenho a memória afectada, embora já conte um bom par de anos. O que quer dizer que passei por isso tudo e muita esperança pus na mudança, e não esperava agora encontrar-me no meio desta situação.

Mas não deixa de ser engraçado: a “cassette Dr. Cunhal” passou a “cassette Dr. Cavaco Silva”.

O pior é que é capaz de ter de pagar direitos de autor!...

Temos que reagir PORTUGUESES! [Já devíamos ter reagido] Será que ainda vamos a tempo? Não nos podemos deixar levar por quem nos tem governado ou quer governar. Eles pertencem ao CAPITALISMO internacional, estão de mãos e pés dados com Organizações Internacionais muito perigosas e o País e a Nação deles, não são o NOSSO: são o do DINHEIRO/EUROS que habitam em paraísos fiscais. Impõem-nos aquilo que não fazem.

Temos a faca e o queijo na mão nas próximas eleições : mandemos o capitalismo à …. e votemos esquerda consequente, votemos naqueles que sabem o que querem, que são patriotas como nós, que nos podem salvar desta situação em que nos encontramos, pois os gananciosos da direita só pensam neles e não no País.

Não quero com isto fazer propaganda eleitoral, mas gostava que experimentássemos o que ainda não experimentámos para sabermos se é ou não diferente daquilo de que temos “comido” já lá vão trinta e sete anos, dentro de dias.

SERÁ QUE AINDA VAMOS A TEMPO ??!!!!

Rosa dos Ventos